Se o Novo Banco não for vendido até ao final do ano, António Ramalho, líder da instituição, terá de despedir 500 funcionários que façam parte dos quadros e fechar mais balcões, por exigência de Bruxelas, revela o Jornal de Negócios.
Estas penalizações constam da decisão da comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, tomada a 19 de dezembro de 2015, quando aceitou prolongar o período de venda no Novo Banco até agosto de 2017 – a comissária aceitou, mas deixou metas. A versão pública da carta de Vestagera foi disponibilizada na quarta-feira no site da Comissão Europeia.
Na prática, isto quer dizer que António Ramalho tem até 31 de dezembro para vender o Novo Banco, pois se chegar à época natalícia sem concretizar o negócio, a instituição voltará a ser desvalorizada.
O despedimento de 500 quadros, a concretizar-se, irá somar-se aos mil colaboradores do banco que já foram dispensados durante o primeiro semestre de 2016.
O fecho de balcões e corte de custos também serão reforçados. Segundo a carta de Vestager, a Comissão Europeia exige que o objetivo de corte de despesas passe dos atuais 150 milhões de euros para um valor que pode chegar a 250 milhões. Já o número de balcões deverá diminuir dos 550 atuais para a meta de 450.