Passa pouco do meio dia e a fila para apanhar o 28 junto ao Martim Moniz ocupa as duas paragens e um bom bocado do passeio. São quase todos turistas e a espera para entrar no elétrico mais emblemático de Lisboa vai em hora e meia, à torreira do sol. Não estão com um ar muito animado, mas há um vendedor de paus de selfie a tentar fazer negócio, o que pelo menos é uma distração. Encostada à paragem, do lado de fora, Dina é das poucas portuguesas à vista. É para apanhar o elétrico? Acena que sim, sem mostrar qualquer problema por não estar na fila. “Não é passar à frente”, sorri. “Os motoristas dizem-nos para fazermos assim. Deixamo-los entrar e depois quando já não há lugares sentados e não querem ir vamos nós.”
Dina faz limpezas num condomínio no Martim Moniz e duas vezes por semana tem trabalho na Graça. A alternativa à viagem de pé no elétrico pejado de turistas é a carreira 734 da Carris, mas é terça-feira, dia de Feira da Ladra, e o autocarro só vai até aos Sapadores. “Pago quase 80 euros de passe, era o que faltava ainda ter de ir a pé”.
De há uns meses para cá a confusão com o 28 é cada vez maior, testemunha a portuguesa de 42 anos, que já tem aproveitado pausas nas limpezas para tirar fotografias à cena. Saca do telemóvel para mostrar do que fala: de manhã ao final da tarde, os turistas amontoam-se e chegam a estar parados no meio da rua. “Só visto mesmo.” Américo, guarda republicano, passava despercebido no início da fila, mas logo se acusa. Também ele domina o esquema para entrar no 28. “Outra hipótese é apanhar um pouco mais à frente. Alguns turistas já fazem o mesmo.”
Não é a chico-espertice portuguesa, ou se calhar é um pouco, mas acaba por ser a forma de os transportes serem minimamente funcionais para quem precisa deles e não tem todo tempo para estar à espera. Dina vem todos os dias da zona da Parede, na linha do Estoril. Américo mora em Santa Iria da Azoia e a saga diária nos transportes públicos começa às 7h30. Perde mais de 3 horas por dia em trânsito. Por isso é obrigatório afinar rotinas. “Devíamos ter mais alternativas. Então ao fim de semana em Santa Iria da Azoia não há quase nada. O lado bom é que vamos conhecendo as pessoas. Fazem-se alguns amigos.”
Chega o elétrico e, depois dos turistas, entramos os três, sem protestos de ninguém. A viagem começa aos solavancos, mas os estrangeiros parecem encantados com a experiência que junta o suspense dos bocados parados no trânsito à adrenalina das travagens ruidosas. Com tanto para-arranca, os três elétricos que garantem a carreira durante os dias da semana a certa altura já andam praticamente colados, o que desregula os horários. “É um bocado aleatório”, confirma Valério, florentino a viver há dois anos em Lisboa. Apanha o elétrico diariamente para ir da Graça a S. Bento, onde tem um ateliê artístico com uma amiga. “Acho os transportes melhores do que em Florença, até mais baratos. Houve foi um grande boom de turistas e talvez não estejam a dar resposta”, analisa.
O 28 é das carreiras mais congestionadas, mas para quem o usa diariamente não perde a aura familiar. Os “locais” a bordo são quase sempre os mesmos e há ainda os penduras que se aventuram até nas ruas mais estreitas do percurso do lado de fora da carruagem. “Às vezes quando salta o trolley o condutor nem tem de sair que eles tratam disso”, conta Valério. A estragar a magia só os carteiristas. Antes de sair, Américo faz questão de alertar para o perigo de ter a mala aberta. “Chegam a estar cinco carteiristas no mesmo carro e não são pessoas necessariamente com mau aspeto. Às vezes trazem um casaquinho na mão para disfarçar e basta a pessoa estar distraída”.
Chiadeira ok. 45 minutos no aeroporto nem por isso Sarah e Harry vieram de Londres e depois de uma hora à espera estão rendidos ao passeio, mesmo com alguns pontos do percurso com uma condução mais brusca. “A espera foi um pouco demorada, mas temos tempo e em Londres já não há elétricos destes”, dizem. O interior do elétrico revestido a madeira, já considerado uma das mil experiências mais importantes do mundo, não desilude. Mas se o assunto da reportagem é transportes também eles, recém-chegados, têm a sua reclamação a fazer. “Estivemos 45 minutos para tirar o bilhete no metro do aeroporto porque a máquina não tinha cartões. Teve de vir um funcionário entregá-los à mão.” Explicamos que tem havido problemas com o fornecedor. “Foi a pior parte até agora", rematam.
Querem ir para a Sé e ajudamo-los a sair na paragem certa. Apesar de o 28 ser sobretudo procurado por estrangeiros, não há qualquer informação sobre os locais por onde passa e os nativos acabam por servir de cicerones. No Bairro Alto sobe mais um português para o elétrico, habituado a estas lides. António, 86 anos, costuma usar o 28 para subir até à Estrela. Mas ultimamente tem dias em que fica ver passar os elétricos. A análise é curta e direta. “Muitos turistas, poucos carros. Ao sábado e domingo pior um pouco.”
Passado 1h20 chegamos finalmente ao final da carreira no cemitério dos Prazeres em Campo de Ourique, são mais 20 minutos do que prevê o horário da Carris, uma viagem interminável se precisássemos realmente de a fazer. Para baixo, já depois da hora de almoço, vai-se mais folgado e com lugar sentado – calha apanharmos os elétricos a sair de seguida. No Martim Moniz ainda há fila, mais pequena do que a da manhã. Aos dias de semana a primeira partida é às 6h20 e a última às 21h55.
Do elétrico para o metro Deixando para trás o 28, à medida que se aproxima a hora do regresso a casa surgem novos focos problemáticos: autocarros parados no trânsito e a linha verde do metro, que desde 2012 funciona só com três carruagens, a rebentar pelas costuras.
Experimentamos o metro para ir do Martim Moniz (linha verde) até ao Rato (linha amarela), o que implica mudar de linha duas vezes primeiro na Baixa Chiado e depois no Marquês de Pombal. Pelas 16h as carruagens da linha verde já vêm cheias e só quem tem pressa arrisca furar a multidão. “Ainda morremos ali dentro”, desabafa um homem ao nosso lado, que assume estar em passeio. Um casal mais velho opta por ir embora.
Mais destemida é Ana, advogada de 24 anos. Chega a fazer cinco viagens por dia. “Devia haver muito mais transportes nas zonas administrativas de Lisboa”, defende. Andar parte do dia aos empurrões para quem tem de manter o ar apresentável é um desafio que implica muitos retoques no cabelo e maquilhagem, mas Ana não vê outra hipótese. Os colegas que vêm de carro não têm menos queixas e alguns acabam mesmo por se render aos transportes. “Se queremos rapidez. o metro é o melhor transporte e para mim a melhor estratégia acaba por ser optar pelas horas mais congestionadas, quando a frequência é maior. É desconfortável, mas temos de nos sujeitar.”
Mais uma vez, aleatório parece ser o adjetivo certo para descrever os horários. Só depois de dez minutos à espera numa das ligações entre linhas é que aparece a indicação no painel de avisos de que faltam dois minutos. Deixamos passar o metro porque vai demasiado cheio e o seguinte vem em menos de um minuto. Na linha amarela que leva ao Rato, o metro já tem seis carruagens e vai menos cheio, mas um pouco baralhado. A chegar a Picoas o aviso é que estamos no Saldanha e o desfasamento mantém-se até ao final da linha.
De regresso à superfície já se nota o rebuliço do regresso a casa. A paragem do 758 no Rato, carreira que liga as Portas de Benfica ao Cais do Sodré, passando pelo centro da cidade, é das mais concorridas. Filomena e Sofia partilham o banco com um ar de quem gostava de ter um teletransporte. A espera vai quase em 20 minutos e não há autocarro à vista. A opção é o 706, que também desce para o Cais de Sodré, mas por S. Bento. Mas o trânsito é maior, testemunham.
Filomena tem 28 anos e vai buscar a filha à creche no Cais do Sodré. Sofia tem de ir apanhar o comboio para Oeiras. Nos últimos dias voltou a falar-se da hipótese de a linha amarela do metro ligar o Rato ao Cais do Sodré. Se a ideia é bem vinda – até porque atualmente as duas mudanças de linha e as composições cheias durante a hora de ponta não são muito convidativas -, para estas duas utilizadoras diárias da rede de transportes de Lisboa há pequenas mudanças que já ajudariam a tornar os dias menos stressantes. “Os autocarros vêm sempre atrasados e cheios, nunca dá para ir sentado”, diz Filomena, acrescentando que as obras deviam ser melhor geridas e devia haver mais transportes.
Há ainda os painéis junto às paragens onde se contam os minutos até o próximo autocarro, que parecem estar ali apenas para moer o juízo de quem espera, ironizam. “Nunca estão certos, pensamos que faltam dez minutos e depois demoram 20. Passamos a vida a correr para isto”. Como se gere a ansiedade? “Respiro fundo”, diz Filomena. Sofia, jurista de 42 anos, também admite que é preciso fazer algum esforço mental para manter a calma. “Por fora pareço bem, mas por dentro claro que estou irritada. Cheguei faltavam cinco minutos para as 17h e dizia que o autocarro vinha em nove minutos. São 17h20.”
Os transportes já não eram famosos mas, desde o final das férias, Sofia está a demorar mais meia hora no trajeto de casa-trabalho, de São Domingos de Rana ao Rato. São quase duas horas de manhã e ao final do dia, o que dá perto de quatro horas em transportes por dia. Isto nos dias “normais”, insiste, em que não há perturbações na linha do Estoril ou outros percalços pelo caminho. Nos dias piores leva mais de duas horas e meia no regresso. O trânsito causado pelas obras em Lisboa e carreiras que parecem, aos olhos de quem as usa, cada vez menos, são algumas explicações. “Lisboa está um caos. Uma pessoa chega a casa sem vontade de fazer nada, não há qualquer qualidade de vida.”
Como se não bastasse, há mais um mistério a mexer com os nervos de quem usa os autocarros: há carros que, quando finalmente chegam, passam sem qualquer explicação ao estado de “reservado” e seguem viagem sem parar. “Tem sido cada vez mais frequente”, relatam.
Nem de propósito, quando o mostrador da paragem diz faltar um minuto para chegar o 758, aparece um autocarro que em vez de dizer Cais do Sodré, o final da carreira, diz Rato. O grupo que, entretanto, se juntou na paragem começa a protestar. “É impressionante, é sempre a mesma coisa”, ouve-se. Depois a indicação Rato passa ao tal “reservado” e o autocarro prossegue viagem sem qualquer palavra para com as pessoas à espera, algumas há meia hora. O burburinho acaba por durar pouco: logo atrás vem outro 758. “Afinal tivemos sorte, mas isto é como calha”.
Vamos para o fim de uma fila de 15 pessoas para não roubar a vez a ninguém com pressa e porque confiamos que toda a gente terá lugar. A duas pessoas de entrar e ainda com gente nos degraus, acaba-se a ilusão: o motorista fecha as portas, sem aviso prévio, e o casal à nossa frente apanha com elas, o que gera mais protesto.
Condenados a esperar pelo autocarro seguinte e já solidários com a indignação coletiva, juntamo-nos a Olívia, que aproveita o lugar vago no banco da paragem. “Quando está assim deixo-o ir”. Tem 74 anos e faz companhia a uma senhora de 86 para se manter ocupada e compor a reforma. Mora em Almada e a viagem demora hora e meia. “Antigamente passavam aqui três carreiras de elétrico e não havia esta confusão, precisamos de mais transportes”, defende. O pedido é unânime. Mais atenção aos mais velhos também ajudava. A ela nunca lhe dão lugar (“também não preciso”, diz despachada) mas noutro dia a patroa quis ir lanchar à Alameda e assustou-se com o autocarro à pinha. “Insistiu para chamarmos um táxi. Ainda pensam que sou eu que quero gastar.”
Passado dez minutos chega o autocarro, já não damos vez a ninguém e mesmo assim seguimos viagem de pé. Mesmo quem estava no início da fila tem dificuldade em apanhar lugar sentado: é privilégio para quem apanha os transportes no início das carreiras e não a meio como é o caso. Ao lado calha-nos Jorge, empregado num restaurante na rua da Rosa. Não partilha do descontentamento com a Carris, que sente ter melhores condições do que no passado. O problema são as obras, justifica. “Percebe-se a necessidade de fazer obras em Lisboa, mas não pode ser tudo ao mesmo tempo, o trânsito fica impossível.” Ao balcão de uma casa de fados, Jorge diz que é notória a insatisfação crescente com a circulação em Lisboa, mas sente até mais queixas de turistas do que dos locais. “Os que andam com tempo tudo bem, vão descobrindo coisas. Agora os que andam nos transferes com horários planeados vão-se embora chateados porque há locais onde as carrinhas já nem vão por causa do trânsito.” Para quem trabalha na hotelaria, não há dúvidas: diga-se o que se disser, os turistas vieram dar outro ânimo à cidade. E se as complicações nos transportes moem a cabeça aos locais, se afugentarem também os estrangeiros o resultado pode ser ainda pior.
Leva-se 30 minutos a fazer os 2 quilómetros que separam o Rato do Cais Sodré, um dos epicentros da confusão na capital com trânsito atravancado e o barulho das picaretas a sinalizar as obras que se multiplicam por toda a cidade e prometem tornar Lisboa “mais amiga das pessoas”, como diz o último anúncio na rádio sobre as alterações na circulação na zona do Saldanha. Se quem anda de carro conhece bem as dificuldades na zona ribeirinha, não é difícil encontrar peões a fazer contas ao prejuízo.
Carla, 38 anos, está à espera do 781 para ir para os Olivais. Não demora muito a explicar o estado de alma: de manhã apanha este autocarro mesmo à porta de casa e sai em Santa Apolónia para fugir a 30 minutos de trânsito por causa das obras – faz o resto de percurso de metro até à Baixa Chiado. À tarde, para fugir ao engarrafamento, costuma ir de metro para casa, mas andava tão farta dos empurrões que decidiu dar uma segunda hipótese ao 781. Foi má ideia, daí o ar pensativo com que a apanhamos. “Já estou arrependida: estou à espera há 20 minutos. A esta hora já estava a mudar para linha vermelha em São Sebastião.” Vinte minutos roubados ao final do dia quando há banhos para dar aos filhos pequenos e o jantar para tratar não é coisa pouca. “Saí às 17h30 e já só vou chegar lá para as 19h. E depois ainda aparecem os autocarros a dizer reservado. Não sei se é porque os motoristas não podem conduzir mais do que determinado tempo ou porque com o trânsito já vem outro a seguir, mas depois vai mais lotado.” Este mistério já testemunhámos. Em dois dedos de conversa, o 781 lá chega e Carla segue finalmente viagem. “Vê, deu-me sorte”, atira. Com o passar das horas parece ser certo que estar ou não bafejado com ela faz a diferença.
Efeito em cadeia No cais fluvial do Cais do Sodré é só somar reclamações, até porque o efeito é em cadeia: os atrasos nas ruas das cidade fazem perder os barcos para a outra margem. Cremilde trabalha no Beato, vive no Seixal e não esconde o desalento. Depois de estar quase uma hora no trânsito dentro do autocarro perdeu a ligação e tem de esperar 30 minutos pelo próximo barco. “Isto está cada vez pior, nem uma sala de espera como deve ser há para nos sentarmos”, diz, ainda indecisa em esperar no átrio mais arejado ou enfiar-se no meio da multidão que aguarda de pé no acesso ao cais. “É pagar para ser mal servido.”
Humberto está à espera do barco para o Seixal, de auriculares nos ouvidos e um ar um pouco mais tranquilo. A música é a escapatória para o stress dos transportes, admite o produtor de audiovisual. Trabalha nos Anjos e depois de vir que nem “sardinha em lata” na linha verde do metro já só falta esta última parte do trajeto para casa. “Nos últimos anos piorou muito, houve muitos cortes nos barcos”. A partir das 20h são de hora a hora e se sair depois das 23h, ou se quiser ficar em Lisboa, já não tem barco direto. “Para alguém que não conduza a alternativa é ir para Cacilhas e apanhar um autocarro. São quase duas horas de viagem, é mais rápido chegar a Coimbra do que ao Seixal.” Investir a sério nos transportes mais do que prometer que as obras vão tornar a cidade mais verde e amigável é a solução, defende. “Podem querer chegar lá, mas só isso não chega.”
A caminho de casa na linha de Sintra Voltamos à linha verde na direção do Areeiro, para apanhar o comboio para Sintra, onde a hora de ponta se prolonga até ao final da noite. Quem entra depois do Areeiro já tem dificuldade em apanhar lugar e chega-se a apanhar comboios a abarrotar depois das 22h. Domingas, 55 anos, faz limpezas e todos os dias apanha cinco transportes. Começa as 6h e acaba as 21h. Apesar de tudo, o comboio e o metro ainda são as melhores opções, diz. Da Carris já desistiu e prefere ir dar uma volta maior para ir, por exemplo, de Benfica ao Alto de São João, do que ficar à espera do autocarro sem saber com o que contar. “Deviam ter concorrência. Chego a estar 40 minutos à espera. Não têm motoristas, mas depois chego e há cinco fiscais no mesmo autocarro.” A correria não pode fazer bem à saúde. “O almoço anda na mala, pode ver”, aponta pacotes de bolachas.
Susana, vendedora de 35 anos, trabalha em São Sebastião e mora em Belas. Todos os dias apanha autocarro da Vimeca até a estacão de Queluz, depois o comboio até Sete Rios e por fim o metro na linha azul. Apanhamo-la agora no regresso, num dia bom. Quando sai cedo, como é o caso, demora 40 minutos a chegar a casa, quando está no turno que acaba as 22h30 ou 23h30 já demora hora e meia. “Por dois minutos perco o comboio e tenho de esperar meia hora e depois perco o autocarro para ir para casa e espero mais meia hora. Devia haver mais consideração por quem trabalha à noite.”
No metro, no autocarro ou no comboio, todos têm alguma história para contar das vezes em que, com tanta confusão, a paciência esgota e há trocas de palavras mais acesas por causa de lugares sentados ou birras que os pais têm dificuldade em controlar. Soraia, administrativa de 55 anos, usa comboio e metro para ir todos os dias do Monte Abraão ao Saldanha. Já sabe que lugares sentados “só nos meses de verão”. Por isso deixa-se ir sossegada a observar o que a rodeia. Diz que há problemas, mas há também um sentido de humor entre os portugueses que parece ajudar a serenar o dia a dia. “Uma vez houve um problema num comboio em Alverca e estivemos uma hora à espera. Quando finalmente apareceu o comboio ia cheio. Ia uma senhora com um peito mais avantajado e um senhor baixinho acabou por ficar colado a ela. A certa altura disse: devia ser assim todos os dias. Rimo-nos todos, até ela.”