De acordo com o ministro da Economia, o crescimento económico português deverá acelerar.
“A situação em que estamos agora parece ser de transição, não só de continuar o crescimento, mas de um crescimento que pode estar a acelerar. Eu sou bastante prudente em relação a esses dados, mas as informações que temos de agosto da balança de bens e serviços revelam um crescimento muito positivo das exportações”, começa por explicar.
Para o responsável pela pasta da Economia, é igualmente importante ressalvar o peso de outros fatores, nomeadamente, o crescimento no setor do turismo. Em entrevista ao “Jornal de Negócios” e “Antena 1”, esclarece que “os dados do turismo estão a ser extremamente positivos e os do investimento e da procura de fundos comunitários, mostram que do início do ano até agora tem havido um aumento da confiança e um aumento da atividade económica, que se refletiu também num fortíssimo aumento do emprego, principalmente no segundo trimestre. Os dados do terceiro ainda não estão fechados, que parece indicar que está a haver outra vez uma aceleração do crescimento económico”.
FMI lança alerta sério A perspetiva positiva do ministro da Economia surge pouco tempo depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter deixado várias recomendações a Portugal: o crescimento terá de passar principalmente pelo setor privado e também pela despesa. O foco deverá ser salários e pensões da função pública.
Além disso, para a instituição liderada por Lagarde, Portugal tem estado a perder gás. De acordo com a avaliação à economia portuguesa realizada ao abrigo do artigo IV, “a recuperação económica está a perder impulso”.
Já no final de agosto, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinhava que Portugal era o sexto país da organização com a taxa de crescimento mais baixa no segundo trimestre.
Por esta altura, este organismo internacional estimava que a taxa de crescimento de Portugal ficava abaixo de 0,3% estimado para o conjunto de países da OCDE.
Já na proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, o governo perspetiva um crescimento na ordem dos 1,5%. Este ano, Portugal vai crescer 1% em vez dos 1,8% prometidos.