A internet emocionou-se com o vídeo de um elefante bebé que correu para salvar o seu tratador que se fingia afogar num rio da Tailândia. A questão que se impõe é: será que o elefante tentou mesmo salvar o homem? Será que os animais sentem empatia pelos humanos?
Alguns investigadores afirmam que sim. O holandês Frans de Waal acredita que há empatia entre todos os seres vivos em forma de matrioscas (bonecas russas que se encaixam umas dentro das outras), em que a boneca mais interna representaria um contágio emocional, a intermédia o chamado “companheirismo” entre pares e a terceira ficaria a empatia humana.
O holandês explica que a maioria dos mamíferos e pássaros apresenta o primeiro estágio de empatia, alguns destes animais também conseguem sentir o “companheirismo” e, por fim, há animais que chegam próximo do nível empático dos humanos, como os golfinhos, primatas e, claro, os elefantes.
A revista brasileira Veja falou com um especialista em comportamento animal, Guilherme Soares, que explica que os animais sentem empatia por indivíduos que consideram do seu grupo social e que esse sentimento se pode estender aos seres humanos.
Ainda assim, há também exemplos de altruísmo gratuito por parte de animais para com humanos desconhecidos, o que pode querer dizer que os animais vejam o homem como vulnerável, “como se fosse um filhote de outra espécie”, explica o especialista.