O banco italiano Monte dei Paschi di Siena, um dos mais problemáticos bancos da Zona Euro, está a planear cortar 2600 postos de trabalho, fechar 500 agências e alienar algumas unidades de negócio e outros ativos tóxicos, como o crédito malparado, no sentido de acelerar o plano de reestruturação e voltar ao lucros dentro de dois anos.
Os cortes já eram esperados, mas só agora foram confirmados pela gestão da instituição financeira. De acordo com a Bloomberg, o banco italiano quer cortar os custos com pessoal em 9% e apostar no mercado digital para voltar aos lucros superiores a mil milhões de euros em 2019.
A reestruturação inclui também um plano de recapitalização que irá implicar a venda de 28 mil milhões de euros em empréstimos 'tóxicos' e a angariação de cinco mil milhões em novo capital.
Ao mesmo tempo, vai avançar para um aumento de capital na ordem dos cinco mil milhões de euros para fazer face às perdas com o crédito em risco. Esta operação deverá ficar concluída até final do ano e será realizada em várias tranches, incluindo uma troca de dívida por capital e ainda uma parte reservada a potenciais investidores de referência. Os acionistas aprovam no dia 24 de novembro o plano de capitalização.