A Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS) acredita que o adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) poderá “ditar uma nova vaga de encerramentos no setor”. A entidade lembra que mais de 50% do ativo total das construtoras é constituído por edifícios habitacionais (ainda não vendidos) e terrenos para construção de habitação.
Por isso mesmo, a associação defendeu que o adicional de 0,3% para o património avaliado fiscalmente acima de 600 mil euros, conforme proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017), tenha adaptações para as empresas de construções.
"A Associação acredita que, caso tal não venha a suceder, os custos para as empresas serão incomportáveis e acabarão por ditar uma nova vaga de encerramentos", lê-se.
A associação solicitou ao governo e aos grupos parlamentares a seguinte alteração no OE: "a dedução de 600 mil euros ao valor patrimonial total também tenha lugar nas situações em que o ativo das empresas seja composto em mais de 50% por imóveis não afetos a atividades de natureza agrícola, industrial ou comercial, desde que tais imóveis sejam integrados por edifícios habitacionais que se encontrem para venda e ou por terrenos para construção e estejam contabilizados no inventário das empresas de construção".