Os últimos meses têm sido conturbados para os investigadores da Operação Marquês. O esforço de aceleração dos trabalhos para que o novo prazo não derrape foi travado pela defesa de José Sócrates que, ao pedir o afastamento de Carlos Alexandre, impossibilitou o juiz de tomar decisões durante cerca de um mês. Foram várias semanas em que não houve buscas, nem quaisquer outras diligências.
Ao que o SOL apurou, ainda antes de 14 de setembro Carlos Alexandre ligou para o Tribunal da Relação de Lisboa para confirmar a veracidade das notícias que davam conta de que José Sócrates tinha entrado com um incidente de recusa com o objetivo de o afastar do inquérito. Na origem do pedido da defesa estaria a entrevista do magistrado à SIC, em que este referiu não ter dinheiro em nome de amigos. Do outro lado a resposta foi positiva e o juiz de instrução tomou uma decisão: anular uma diligência importante que estava já marcada para o dia seguinte.
Fontes ligadas à investigação explicaram ao SOL que Carlos Alexandre terá invocado, ao abrigo do art.º 45.° do Código de Processo Penal, que por ter sido apresentado um requerimento de recusa só iria praticar atos processuais urgentes até que houvesse uma decisão sobre a matéria.
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