Uma semana depois do início dos trabalhos de demolição das tendas e barracas que se apinhavam em Calais e da deslocação dos cerca de 7 mil migrantes e requerentes de asilo que ali viviam, à espera de um oportunidade de entrar no Reino Unido, o governo francês deu por terminado o desmantelamento da “Selva”.
Neste momento, a principal preocupação dos residentes daquela localidade nortenha francesa, situada junto ao túnel que dá acesso a Inglaterra, é que o encerramento do campo não seja definitivo. Isto porque partes do mesmo já tinham sido demolidas em anos anteriores, mas isso não impediu que a “Selva” crescesse para outras áreas do terreno, nos meses seguintes.
Um receio que levou o presidente de França, François Hollande, a garantir que, desta vez, o encerramento é mesmo permanente. Numa entrevista ao jornal local “La Voix du Nord”, na segunda-feira, o chefe de Estado elogiou o trabalho “digno”, “firme e eficiente” das equipas que estiveram envolvidas nos trabalhos e confirmou que a limpeza de Calais terminou no final do dia.
“[O acampamento] foi limpo, será tornado seguro e ninguém conseguirá voltar para lá”, prometeu Hollande.
Os residentes da “Selva” foram deslocados para vários centros de acolhimento espalhados pelo território francês.