De acordo com o comunicado divulgado pelo banco liderado por Nuno Amado, a data de apresentação foi adiada “por forma a fazer coincidir a divulgação da informação relevante relativa aos resultados consolidados dos primeiros nove meses de 2016 com as deliberações decorrentes da Assembleia Geral de Acionistas, que se realizará no próximo dia 9 de Novembro de 2016, pelas 14:30 horas".
Na reunião será decidido o futuro da blindagem de estatutos. Uma das propostas é subir o limite de votos para 30%, um dos passos decisivos para a entrada da Fosun no capital da instituição.
No entanto, esta não é a primeira vez que o banco decide adiar a apresentação de resultados. Já tinha acontecido quando o banco decidiu que deveria esperar pelos resultados dos testes de stress feitos à banca europeia.
Recorde-se que, no primeiro semestre deste ano, o banco apresentou prejuízos na ordem dos 197,3 milhões de euros.
Exigência da Fosun
A Fosun, quando anunciou o interesse de entrar no capital do BCP apresentou várias exigências: a fusão das ações do banco e o aumento do limite de votos de 20% para 30%. Este último ponto vai ser discutido pelos acionistas no próximo dia 9 de novembro, assim como o aumento do número máximo de administradores de 20 para 25 elementos.
Para o grupo chinês, esta entrada no BCP é “um novo passo no investimento em Portugal” e permite ganhar o controlo do maior banco privado português e acelerar a entrada nos mercados europeu e africano.