Renato Sanches é por estes dias um rapaz feliz. Apesar de não estar a jogar tanto quanto gostaria no Bayern Munique, o jovem médio foi novamente chamado por Fernando Santos à Seleção Nacional e vê o Benfica isolado no topo da Liga portuguesa. "Continuo a acompanhar os jogos da liga portuguesa, não só os do Benfica. Ligo o meu tablet e vejo. É normal, lá não faço nada mesmo, então vejo os jogos todos. Vejo as coisas bem agora, o meu clube está no primeiro lugar, por isso estou tranquilo", atirou o internacional luso esta segunda-feira, em Lisboa, à margem de um evento de uma marca desportiva e antes de se juntar à concentração da Seleção.
Para já, a sua situação no Bayern não o afeta. "Está a ser uma experiência boa, faz-me crescer enquanto homem e jogador. A cada dia que passa sinto-me mais habituado. Decidi ir para a Alemanha porque temos de ir em busca de outros desafios e o Bayern é um dos melhores clubes do mundo. Espero ganhar todos os jogos, se possível, e também jogar mais", frisou Renato, assumindo ser "um pouco embaraçoso" estar a jogar ao lado de tantos craques do futebol mundial: "Eram jogadores que só via na televisão. Não sabes bem o que dizer. Mas depois começas a vê-los todos os dias e passa a ser uma coisa natural, ficas mais à vontade para falar com eles. Ao princípio só falava com os brasileiros do plantel, por causa da língua. O treinador [Carlo Ancelotti] só fala italiano e espanhol. Eu falo mal espanhol mas vou-me entendendo."
Da equipa bávara, Renato Sanches destacou um colega em particular: Manuel Neuer. "É difícil marcar-lhe golos. É o melhor guarda-redes do mundo, pelo que demonstra nos treinos e nos jogos. Por vezes safa-nos de muitas", indicou o ex-médio do Benfica, revelando ainda a sua referência no futebol: "Clarence Seedorf. Jogava na mesma posição do que eu e acho que tenho um estilo de jogo parecido com o dele. Ganhou tudo a nível mundial, incluindo quatro Ligas dos Campeões, enquanto outros nem uma conseguem. Gostava de ser como ele."
Depois da glória no Europeu, há precisamente quatro meses, Renato tem já os olhos postos no futuro. "Espero ganhar todos os jogos, que a equipa tenha boas prestações e que consigamos o objetivo do apuramento para o Mundial", desejou o médio, assumindo que o troféu conquistado em Paris "é muito pesado!". O jovem de 19 anos tatuou esse mesmo troféu na sua pele, juntamente com o de campeão nacional, mas garante ter ainda muito espaço no corpo para mais troféus. "Foi uma tatuagem que prometi fazer se ganhasse o título europeu, também o título nacional. Espero tatuar o meu corpo cheio de troféus", disparou o recentemente eleito "Golden Boy" pelo jornal italiano "Tuttosport". Aquilo a que Renato Sanches ainda não está habituado… é à maior exposição pública. "É um bocado embaraçoso estar com as câmaras e os telemóveis apontados a mim, mas os jogadores de futebol têm de estar habituados a esses momentos hoje em dia. Tenho de me preparar bem para não dar barraca", gracejou.