Castro Mendes explicou que a decisão foi tomada depois de o Governo chegar à conclusão de que no projeto que havia para o Forte de Peniche "não estava acautelada uma componente museográfica com um plano de recuperação da memória" do edifício que faz parte da História da luta anti-fascista e onde esteve preso Álvaro Cunhal.
O ministro explicou que o facto de o edifício já não fazer parte da lista de 30 monumentos que o programa Revive pretende concessionar a privados não significa que o Governo defenda que não se pode fazer nada no Forte de Peniche.
"Entendemos que o que se fizer ali tem de respeitar, valorizar e perpetuar a memória da luta pela democracia ", afirmou Castro Mendes.
Recorde-se que o anúncio da concessão a privados do Forte que serviu de prisão para presos políticos durante o regime de Salazar foi alvo de duras críticas, sobretudo por parte do PCP e do BE. Isto, apesar de o projeto contar com o apoio da autarquia de Peniche.