Esta sexta-feira, a reunião entre a bancada do CDS e a Juventude Popular (JP) gerou entusiasmos. A juventude partidária dos centristas apresentou um documento com várias propostas ao nível da educação e o líder parlamentar, Nuno Magalhães, mostrou-se aberto a concretizar as propostas na Assembleia da República.
As propostas dos jovens democratas-cristãos foram apresentadas sob a máxima de combater o abandono escolar e melhorar a qualidade do ensino em Portugal, tendo sido elaboradas por um grupo de trabalho que procurou pesquisar modelos alternativos – como os nórdicos ou o britânico – que demonstram resultados a ambicionar.
Dentro das medidas destacam-se a prioridade de bolsas de trabalho universitário para quem aufere menos rendimentos, a maior liberdade de escolha no secundário, podendo frequentar disciplinas de áreas diferentes, e um crédito estudantil em que o Estado concede empréstimos a alunos em necessidade, "com um sistema de pagamento faseado".
Francisco Rodrigues dos Santos, presidente da Juventude Popular afirmou a iniciativa como resposta a um governo que "não está à altura dos desafios, tendo cortado 170 milhões de euros no Orçamento para a educação".
Do ponto de vista da 'jota', "o sistema vigente é altamente injusto e desequilibrado sob o ponto de vista social porque as famílias que têm rendimentos mais elevados podem permitir a frequência no ensino superior aos seus filhos e as mais carenciadas vêem-se obrigadas a desistir desse sonho".
Ao SOL, Rodrigues dos Santos salientou que "esta iniciativa dá seguimento ao trabalho do CDS e da JP de reformar o ensino público e colmatar as deficiências do sistema educativo nacional, respondendo as dificuldades das famílias em custear as despesas com a educação e à desconfiança dos alunos relativamente ao retorno do investimento feito na sua formação curricular".