Seleção: Facilitismo, aquele velho inimigo

Os campeões europeus têm consciência da armadilha que constitui um jogo com uma seleção teoricamente mais fraca.

Foi a palavra mais referida nas conferências de imprensa dos vários jogadores portugueses durante a semana que passou: facilitismo. No caso, como exemplo do que não fazer: a Letónia pode ser, de facto, uma seleção bem menos cotada do que Portugal – como o atesta a derrota caseira concedida perante as Ilhas Faroé, na segunda jornada deste apuramento (0-2) –, mas a história da seleção portuguesa demonstra que, por vezes, estes jogos até se tornam bem mais complicados do que aqueles contra adversários mais reputados.

«Portugal é favorito, mas tem de mostrá-lo dentro de campo. Sabemos que não vai ser um jogo fácil como pensam. Possivelmente vamos encontrar um bloco baixo da Letónia, eles podem criar-nos dificuldades», realçou William Carvalho, num discurso corroborado por Bruno Alves. «Hoje em dia já não há jogos fáceis. Todas as equipas se preparam bem, todas se estudam muito bem. Creio que vai ser um jogo difícil, mas cabe a nós, dentro de campo, torná-lo mais fácil. Bem jogado ou não, vamos procurar a vitória, sabendo que temos de reagir rápido à perda da bola e pressionar para não os deixar sair», salientou o defesa, que deverá ocupar o lugar de Pepe (lesionado e castigado) ao lado de José Fonte.

Ora, precisamente Fonte bateu na mesma tecla, lembrando até as dificuldades que Suíça teve para bater a frágil Andorra (2-1). «Podemos ter dificuldades se não formos respeitadores, se não estivermos ao nosso nível, até porque a margem de erro é mínima», realçou o campeão europeu.