"Projetamos que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permaneça subjugado, num [crescimento] de cerca de 1,25% em 2017 e 2018. O alto endividamento das empresas e a fragilidade do setor bancário vão continuar a limitar o investimento privado e o desemprego, ainda elevado, vai limitar o crescimento do consumo", revela a OCDE no seu Economic Outlook.
No relatório a OCDE mostra-se também preocupada com a dívida pública. “A valer mais de 130% do PIB, a dívida pública continua muito alta e apesar dos progressos limita muito o espaço de manobra fiscal”, escreve a organização liderada por Angel Gurría. “Para melhorar, é importante conseguir uma reforma da estrutura de impostos e despesas que promova o crescimento, incluindo cortes permanentes nas despesas correntes”, acrescenta.
Sobre o défice, a instituição antecipa que chegue aos 2,5% do PIB este ano, em linha com a meta da Comissão Europeia. Para 2016 prevê que seja 2,1%, enquanto o Executivo prevê um valor de 1,7%. Nas previsões a OCDE estima uma taxa de desemprego de 11% este ano, de 10,1% em 2017 e em 2018. Prevê ainda que a inflação seja de 0,7% este ano e de 1,1% em 2017 e 2018.