Os bombardeamentos sobre as zonas de Alepo controladas pelos rebeldes, levado a cabo pelas forças do regime sírio, não dão sinais de abrandar. O ímpeto dos ataques do exército de Bashar al-Assad nos bairros situados a nordeste da segunda maior cidade da Síria resultou na fuga de mais de 10 mil civis durante o fim de semana e, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), na “maior derrota” dos rebeldes “desde 2012”.
Aquela organização com sede no Reino Unido informou que esta segunda-feira foram conquistados os bairros de Sakhour, Haydariya e Sheikh Khodr, pelo regime, e ainda o distrito de Sheikh Fares, por parte de forças curdas, alegadamente aliadas com Assad.
“Os rebeldes perderam o controlo de todos os bairros no nordeste de Alepo”, confirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, citado pela Al-Jazeera. “Esta é a sua maior derrota desde que conquistaram metade da cidade em 2012”, acrescentou.
Depois de três semanas de pausa nos ataques sobre Alepo, as bombas voltaram a cair diariamente sobre a cidade, há cerca de 15 dias. O regresso dos bombardeamentos coincidiu com a chegada do porta-aviões russo Kuznetsov ao leste do mar Mediterrâneo, mas o Kremlin negou o envolvimento das forças russas nesta nova vaga de ataques a Alepo, atribuindo a responsabilidade do cerco a Assad e ao exército sírio.