Licenciaturas levam a mais duas saídas do governo

Foram exonerados os assessores de imprensa Carla Fernandes que estava na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares e Fausto Coutinho que estava no Ministério do Mar.

Há mais duas baixas no governo por falta de licenciaturas. Depois da saída de um adjunto do primeiro-ministro, Rui Roque, e do chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto, Nuno Félix, por terem declarado que eram licenciados sem terem concluído o curso, o governo decidiu fazer um levantamento exaustivo para comprovar as habilitações académicas de todo o pessoal dos gabinetes. 

E, segundo o Observador, este levantamento pedido por António Costa e que ficou a cargo da secretária de Estado Adjunta, Mariana Vieira da Silva, levou a mais duas exonerações devido a falsas declarações de curriculo académico ou a falta de licenciatura.

Um dos casos é a assessora de imprensa do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos. O Observador conta que Carla Fernandes se apresentou durante três anos, em dois governos de José Sócrates, como licenciada ocupando vários cargos de assessoria, tal como consta nos vários despachos de nomeação publicados em Diário da República.

No entanto, a assessora tem apenas o grau de bacharel em Business Studies pela Universidade de Dublin. 

Pedro Nuno Santos conta ao Observador que foi pedido o certificado de habilitações a Carla Fernandes, a ex-assessora não entregou e disse que não como comprovar a sua licenciatura. O governante exonerou, de imediato a assessora.

O outro caso é o assessor de imprensa da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. Fausto Coutinho não é licenciado mas nem por isso escondeu a falta de grau académico. No despacho de nomeação de Fausto Coutinho consta que o ex-assessor matericulou-se em 2005 na Universidade Lusófona mas que “devido à sua intensa atividade profissional não chegou a frequentar o curso”.

O despacho de Fausto Coutinho chegou a ser viral nas redes sociais. A ministra não gostou e decidiu exonerar o seu assessor

Segundo o Observador, há vários ministérios que decidiram não pedir os comprovativos dos graus académicos. É o caso da tutela de Eduardo Cabrita e dos ministérios da Saúde, do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social e da Administração Interna.