Fernando Santos reagiu com discrição ao facto de ser um dos finalistas na corrida ao prémio de melhor treinador do ano, entregue pela FIFA. "A grande vitória já a tivemos em França. Com o apoio dos emigrantes lá e na chegada cá, com todo o Portugal feliz. E esse é que é o momento mais importante. Esse sim, foi o momento mais feliz para mim e para todos nós. Hoje é mais um dia de felicidade", realçou o selecionador nacional.
"Estar entre os melhores é um momento de satisfação. Neste momento somos três candidatos a melhor treinador do mundo. Três grandes treinadores na minha opinião. Quer Zidane, quer Ranieri são grandes treinadores. Outros poderiam estar. Mas são votações", indicou Fernando Santos, partilhando os méritos: "Apesar de ser um prémio individual, tenho a noção que é um prémio de todos, inclui muita gente. Sem os outros nada teria conseguido. Começando pela FPF, pelo seu presidente, pela aposta que fez e pelo muito que tem feito pelo futebol português, pelos jogadores. Este é um ano muito bom para o futebol português. Um ano fantástico quer para a seleção A."
O treinador de 62 anos comentou ainda a nomeação também de Cristiano Ronaldo nos finalistas para melhor jogador do ano. "Temos que esperar pela votação mas, por aquilo que Cristiano fez ao longo desta época, quer coletivamente, não esquecendo a presença fundamental como capitão de equipa, ele merece e vai ganhar seguramente. É fantástico no que tem feito enquanto eu estou à frente da seleção, e com ênfase muito grande no que fez naquela final. Há muitos anos que voto Cristiano Ronaldo porque considero que é o melhor jogador do mundo e voto em consciência. Se já o faço há tantos anos, muito mais o faria este ano", realçou Fernando Santos, recusando a ideia de que estas nomeações possam vir a colocar mais pressão à Seleção: "Não achamos que chegámos ao topo do Evereste. Estamos simplesmente a andar e haverá sempre para onde subir."
À margem da inauguração do novo Estádio dos Barreiros, o presidente da FPF, Fernando Gomes, revelou crença na vitória dos dois portugueses. "É óbvio que, em função daquilo que o Fernando Santos fez, no nosso país, com as condições que tem comparado com outros, acreditamos. São prémios atribuídos por votação e possíveis de se ganhar. O Fernando Santos, pelo que fez, convence-me de que pode ganhar. Ronaldo? Depois do Europeu e da Liga dos Campeões, vencer este prémio seria a cereja no topo do bolo", sentenciou.