1.Foi mais um exclusivo do jornal “i”, cada vez mais o jornal diário da sua preferência, pela novidade e pelo arrojo, substantivo e gráfico: José Eduardo Moniz está a ser ponderado para protagonizar a candidatura do PSD à Câmara Municipal de Lisboa. Depois de Pedro Santana Lopes, o PSD já pensa em soluções. E José Eduardo Moniz poderá ser uma solução que mereça a pena ser pensada a sério?
2.A resposta é, na nossa visão, afirmativa. Se Pedro Passos Coelho conseguir convencer José Eduardo Moniz a candidatar-se contra Fernando Medina, será uma excelente notícia para o partido.
Neste momento, Pedro Passos Coelho não conseguirá encontrar um nome tão forte e alguém tão talentoso quanto o antigo director-geral da TVI. Será esta nossa afirmação surpreendente, após algumas reacções menos positivas à hipótese Moniz para Lisboa? Note-se, antes de mais, que essas reacções provieram de gente já distante ou já pronta para tirar o tapete ao seu outrora delfim, Pedro Passos Coelho. As críticas não devem, pois, surpreender.
3.É verdade que julgámos que, face à recusa de Pedro Santana Lopes em avançar para a corrida autárquica lisboeta (“nega” que já aqui avançáramos há cerca de três meses), Pedro Passos Coelho acabaria inevitavelmente por apoiar Assunção Cristas. Não se afigurava nenhum nome forte que pusesse pôr tal conclusão em causa.
Contudo, havendo José Eduardo Moniz e face à resistência de Passos Coelho em apoiar a líder do CDS (resistência compreensível, como explicaremos em próximo texto), o caso muda de figura: aí o PSD pode disputar perfeitamente a vitória contra Fernando Medina.
4.Dir-se-á que José Eduardo Moniz é um desconhecido da política. E que já não tem tempo para recuperar terreno a Fernando Medina. Estas objecções não procedem: desde logo, porque o tempo que vivemos é muito favorável aos ditos” desconhecidos”, aos “politicamente inexperientes”.
As pessoas querem cidadãos na política – e não políticos a colonizarem a cidadania. Os cidadãos exigem a renovação da classe política. Neste sentido, José Eduardo Moniz poderia muito bem ser uma “lufada de ar fresco”.
5.Por outro lado, José Eduardo Moniz não é um desconhecido – é uma figura pública conhecida por todos. Graças aos seus (longos) anos na RTP e na TVI, José Eduardo Moniz tornou-se uma figura popular e é tido, por todos, como um profissional muito competente.
Um ganhador nato – transformou o modo de fazer televisão em Portugal, dinamizando uma indústria que muitos julgavam condenada ao fracasso (a produção nacional de ficção televisiva). Hoje, a ficção televisiva nacional é uma indústria fortíssima, cujo mérito é reconhecido e louvado no estrangeiro – tal deve-se à visão de uma pessoa: José Eduardo Moniz.
6.Em terceiro lugar, José Eduardo Moniz é o único que poderá rivalizar com Fernando Medina no seu trunfo mais forte: a popularidade mediática e na boa imprensa. A comunicação social da esquerda caviar tem dois amores: António Costa e o António Costa 2, que dá pelo nome de Fernando Medina.
Ora, José Eduardo Moniz é o único que poderá rivalizar com Medina em termos de boa relação com a imprensa e com todos os jornalistas, desde a extrema-esquerda até à extrema-direita. Se José Eduardo Moniz aparecer, a imprensa ligada ao PS (ou seja, praticamente toda) irá dividir a sua atenção e o seu “palco” com o candidato do PSD. Porque José Eduardo Moniz tem uma abrangência maior que o PSD/Lisboa, infelizmente, nos dias que correm…
7.Em quarto lugar, dizem-nos que José Eduardo Moniz tem um conhecimento impressionante dos vários problemas que afligem os lisboetas – e até já terá duas ou três ideias fortes para lançar e insistir durante a campanha, no caso de decidir avançar.
Acresce, ainda, que José Eduardo Moniz lida com algumas colectividades lisboetas (o que é sempre importante do ponto de vista eleitoral) e é Vice— Presidente do Sport Lisboa e Benfica. Ora, a ligação ao Benfica, defendendo o Glorioso, sem nunca, no entanto, hostilizar o Sporting – poderá ser um activo eleitoral muito relevante.
8.Finalmente, José Eduardo Moniz é mestre na arte de fazer do impossível vários possíveis.
Lembramo-nos perfeitamente de que quando Moniz chegou à TVI, em 1998, todos afirmavam que iria apenas ser o último director de uma empresa falida. A história é conhecida: José Eduardo Moniz converteu a TVI na principal estação televisiva portuguesa. José Eduardo Moniz alterou completamente o panorama audiovisual português.
Dir-nos-ão que uma coisa é a televisão e os negócios; outra a política. Pois bem, a resposta é muito simples: precisamos de mais gente como José Eduardo Moniz na política – que conheça a realidade empresarial, que tenha vida, que tenha mostrado competência e talento na criação de riqueza, na descoberta de novos talentos, na criação de novas oportunidades, na assunção do risco como caminho para o sucesso. Precisamos de vencedores. Lisboa precisa de um vencedor. Lisboa precisa de um candidato tão forte como José Eduardo Moniz.
9.Será difícil para José Eduardo Moniz derrotar Fernando Medina? Será. Mas não subestimem Moniz – já mostrou, ao longo da sua vida, que ganha todos os combates impossíveis.
Bem sabemos que há convites tentadores da TVI, mas, José Eduardo Moniz, é tempo de voltar a pôr Lisboa mais feliz!