Tudo parecia indicar que a incursão de reconquista do grupo terrorista Estado Islâmico pelas ruas de Palmira iria durar poucas horas. Os combatentes conseguiram controlar algumas zonas a norte e noroeste daquela cidade histórica síria, no sábado, mas foram repelidos pela aviação russa, na manhã de domingo. O ministério da Defesa de Moscovo informou mesmo que os 64 bombardeamentos aéreos, que aniquilaram mais de 300 soldados das forças invasoras, tinham sido suficientes para libertar Palmira. Mas cerca de 4 mil jihadistas voltaram a investir sobre a cidade, prolongando os confrontos.
O grupo terrorista tinha reentrado no sábado em Palmira – património da mundial da UNESCO, pelos seus monumentos pré-islâmicos, com mais de 2 mil anos – pela primeira vez desde que foi expulso pelo regime de Bashar al-Assad, em março deste ano. Segundo o Kremlin, a retirada tinha-se dado na manhã do dia seguinte, depois de intensos ataques aéreos russos, em apoio às forças de Assad. “Durante a noite que passou, as forças governamentais sírias, com participação ativa da Rússia, repeliram todos os ataques dos terroristas em Palmira”, anunciava o ministério da Defesa, através de um comunicado, de acordo com a RT, apontando mais de 300 vítimas mortais, do lado dos combatentes radicais. “A aviação russa levou a cabo 64 ataques aéreos sobre os ajuntamentos, posições, colunas e reservas dos combatentes, à medida que avançavam”, explicava ainda.
Uma informação que foi igualmente confirmada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos – a organização não-governamental, com sede no Reino Unido, que deu conta, em primeira mão, do regresso do Estado Islâmico a Palmira – através de uma notícia partilhada no seu site oficial, na qual referia que os “intensos e violentos bombardeamentos” dos aviões russos, obrigou à “retirada” dos combatentes do grupo terrorista. Poucas horas depois, porém, tiveram lugar novos confrontos e . De acordo com a RT, mais de 4 mil combatentes do Estado Islâmico reagruparam-se e voltaram a atacar a cidade em força, durante a tarde de domingo.
Entre maio de 2015 e março de 2016, a cidade histórica de Palmira esteve nas mãos do Estado Islâmico, principalmente pela sua posição estratégica, próxima dos campos de petróleo daquela região central da Síria, situada a cerca de 200 quilómetros da capital, Damasco.