Pequim pediu a mediação da OMC, através do mecanismo de resolução de disputas, por considerar que Bruxelas e Washington falharam nos seus compromissos por não considerarem que todos os membros da organização deveriam conceder à China o estatuto de "economia de mercado" e calcular seus direitos "antidumping" em consonância.
A adesão da China àquela organização, a 11 de dezembro de 2001, previu 15 anos para o país completar a sua transição de uma economia planificada para uma de mercado, período que se cumpriu domingo.
O ministério da Economia chinês denunciou ainda "incremento artificial de taxas 'antidumping' para as empresas chinesas, que afetou gravemente as exportações e o emprego nas indústrias chinesas".
"Infelizmente, os EUA e a UE não cumpriram com as suas obrigações até à data. Os EUA e a UE estão entre os membros da OMC que mais medidas 'antidumping' tomaram contra a China", refere o comunicado, que acrescenta que atua em defesa dos "interesses e direitos legítimos" da China e se reserva ao direito de acionar mais medidas neste sentido no seio da OMC.
Pequim luta pelo reconhecimento de que a "economia de mercado socialista" – um modelo em que os setores chave da economia permanecem estatais, mas geridos sobre uma base comercial – funciona em pleno de acordo com as regras capitalistas.