Segundo o Diário Económico, o Ministério Público delegou competências na Polícia Judiciária para investigação de gestão danosa na Caixa Geral de Depósitos (CGD) desde… o ano 2000, até 2015. Estão em causa quatro administrações da CGD, tuteladas por seis governos, pelo que, para já, ninguém sai bem na fotografia. Todavia, a investigação centra-se no período 2010 – 2015, durante os governos de José Sócrates.
A CGD tem 2,3 mil milhões de euros em risco por empréstimos dados com garantias frágeis. Sempre segundo o Diário Económico, os principais empréstimos destinaram-se aos grupos Artlant, Lena, Espírito Santo, Efacec, e ao angolano António Mosquito. Encontram-se também créditos atribuídos ao empreendimento algarvio Vale de Lobo, investigado na “Operação Marquês”, e crédito dado para comprar ações do BCP no seio da guerra pelo controle do banco, com os títulos dados como garantia, que depois se vieram a desvalorizar dramaticamente.
Todos são inocentes até um juiz decidir que são culpados. Todavia, à medida que se investiga, pior as coisas parecem para José Sócrates, um homem que em tempos admirei e em quem votei.
Agora, sobretudo, e mais do que escandalizado, fico triste. Como diz uma canção dos Jefferson Airplane: “When the truth is found/to be lies/and all the joy/within you dies”
É assim que eu me sinto agora.