Hugo Ernano, o militar da GNR que esteve suspenso oito meses depois de ter sido condenado por matar um menor durante uma perseguição policial, regressou a trabalho esta segunda-feira.
“Apresento-me às 08h45 de segunda-feira [hoje], fardado, no quartel da Pontinha. E vou encarar isto como se fosse o meu primeiro dia na GNR", disse o militar ao Correio da Manhã.
Hugo Ernano diz ter noção de que este é um episódio que irá marcar sempre a sua vida: "Há coisas que vão ficar sempre. Mas penso que o pior agora já passou. Vou voltar ao trabalho com mais força e vontade. Contei com o apoio de muitas pessoas e já paguei a indemnização. Vou partir para algo melhor", explicou ao mesmo jornal.
Tudo aconteceu em 2008, quando a GNR tentou travar um assalto em Santo Antão do Tojal. Hugo Ernano disparou e atingiu mortalmente um rapaz de 13 anos, que acompanhava o pai naquele assalto. O militar foi condenado a quatro anos de prisão por um crime de homicídio simples por negligência grosseira, com pena suspensa por igual período, e a pagar uma indemnização de 44 mil euros à mãe do menor e outra, de onze mil euros, ao pai. Para além disso, o Ministério da Administração Interna suspendeu o militar por um período de oito meses, altura durante a qual recebeu apenas um terço do ordenado.