De acordo com o Jornal de Negócios, esta decisão foi determinante para que a petrolífera angolana, liderada por Isabel dos Santos, apoiasse a alteração do limite de votos. Isto porque a Sonangol passa a poder equilibrar a posição acionista com a participação que a Fosun pretende assumir: 30%.
A reunião, que aconteceu na segunda-feira, ocorreu depois da entrada da Fosun, que em Portugal já detém a Fidelidade e a Luz Saúde, no capital da instituição financeira, tornando-se o maior acionista do maior banco privado português com 16,7 do capital dando em troca 175 milhões de euros.
No acordo estabelecido com o grupo chinês ficou previsto que a Fosun pretende chegar a curto prazo aos 30% do capital do BCP. No entanto, este reforço exigia, além da autorização do Banco Central Europeu (BCE), a alteração dos estatutos do banco, que limitam os direitos de voto a 20% do capital, que só foi discutida no início desta semana.
A alteração dos limites de voto esteve para ser discutida, a 21 de novembro, mas os trabalhos foram suspensos e adiados. Um dos motivos do adiamento foi exatamente o facto de a Sonangol estar à espera de receber luz verde do BCE para superar a fasquia dos 20% no banco de Nuno Amado.