O número de desempregados inscritos nos centros de emprego registou a maior quebra homóloga do ano em novembro, baixando 11,6%. Este número é o equivalente a menos 63816 pessoas, para 486434, aproximando-se de níveis de março de 2009. Já comparando com os dados de outubro representa um recuo de 0,8%. Os dados foram revelados Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Feitas as contas será necessário recuar até março de 2009 para se encontrar um número de inscritos inferior ao observado em novembro deste ano, tendo-se registado na altura um total de 484.131 inscritos.
Face ao mês homólogo de 2015, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu em ambos os sexos, mas a queda foi mais significativa nos homens, com uma descida de 13,4%, enquanto nas mulheres a redução foi de 10%.
Quanto ao grupo etário, o número de jovens inscritos (com menos de 25 anos) conseguiu também a maior redução homóloga de 2016, com menos 10.504 pessoas do que em 2015, o equivalente a uma quebra de 17,3%.
O grupo dos adultos apresentou, igualmente, uma descida homóloga do número de inscritos de 10,7%.
Outra novidade está relacionada com o número de casais em que ambos os cônjuges estão inscritos nos centros de emprego que desceu 3,8% em novembro em termos homólogos e 0,3% face a outubro, para os 10456.
Quanto aos desempregados casados ou em situação de união de facto, a diminuição face a novembro de 2015 atingiu 12,6% (com menos 29.865 desempregados), enquanto a variação face a outubro de 2016 foi de -1,1%.
Desemprego de longa duração cai No que diz respeito ao tempo de inscrição, os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 12,6% em relação a novembro de 2015, e os desempregados de longa duração, ou seja com tempo de inscrição igual ou superior a um ano, diminuíram 10,5%.
O número dos desempregados que procuravam um novo emprego diminuiu também face ao mês homólogo de 2015 (-11,5%) bem como aqueles que procuravam o primeiro emprego (-12,4%).
“A descida anual do desemprego fez-se sentir em todos os níveis de instrução. O decréscimo percentual mais elevado verificou-se no 1.º ciclo do ensino básico com menos 14% face ao mês homólogo de 2015”, revela o organismo.
No continente, e a nível regional, a descida homóloga no desemprego registado foi mais expressiva no Centro (16,4%, para 62.224). “Em relação ao mês anterior, o desemprego diminuiu em todas as regiões, com exceção do Algarve, onde se verificou um acréscimo de 40,3% face a outubro”, pode ler-se no relatório do IEFP. O Norte, no entanto, continua a ser a região mais afetada, com 209.834 desempregados registados (42,8%).
As colocações realizadas durante o mês de setembro totalizaram as 7925 em todo o país, número inferior ao de igual período de 2015 (menos 32,6%, com menos 3832 colocações) e superior ao do mês anterior (mais 11,0%, com mais 783 colocações).