“Bancos mais sólidos em Portugal: BIG e Finantia; bancos com problemas graves: BCP, que precisa de pagar 700 milhões de euros ao Estado e de um novo aumento de capital (isto é, agora sou eu que explico, de os acionistas meterem lá mais dinheiro); Novo Banco, que se não for vendido até Julho de 2017 terá de ser liquidado, e CGD, que necessita urgentemente de uma recapitalização de 5.900 milhões de euros. O Montepio tem acumulado prejuízos nos últimos anos e tem problemas com a justiça.”
E é no Montepio que me quero focar hoje. Os problemas com o Banco de Portugal, que já resultaram em acusações contra o banco e contra dois dos seus administradores, resultam de não terem sido implementado “sinais de alarme” que lhes permitissem detetar grandes transferências de dinheiro de e para o estrangeiro; se forem condenados, as multas variam entre 50.000 e 5 milhões de euros. A fonte é o Público de hoje.
Mas pode-se também falar na reestruturação do banco. Como bem sintetizou o Vlad Tepes, o Montepio tem acumulado prejuízos nos últimos anos, e qualquer empresa que acumule prejuízos acaba por ir à falência (a não ser que os acionistas/sócios ponham lá mais dinheiro).
Por isso, apraz-me reproduzir uma boa notícia que li hoje no Diário de Notícias: os sindicatos do Montepio chegaram a um acordo para que não haja aumentos salariais em 2017, em troca de não haver despedimentos, o que não quer dizer que não possam haver rescisões amigáveis com algumas centenas de trabalhadores. Isto é uma tentativa da administração de reduzir custos, colocando assim de novo o Montepio a ser lucrativo. Que o faça em clima de paz social é de destacar pela positiva.