O ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) justificou a recusa em prolongar a permanência do cargo com a inexistência de uma solução jurídica que lhe permitisse continuar por mais algumas semanas até Paulo Macedo assumir o cargo. A garantia foi dada por António Domingues na Comissão de Finanças, onde está a ser ouvido desde manhã no Parlamento.
Domingues esclareceu ainda que foi mantendo conversas com ministro das finanças e com Paulo Macedo para quem organizou dossiers. "Durante este tempo nunca me foi pedido nada”, acrescentando ainda que, “no dia 27 por SMS, o ministro perguntou-me se podia falar comigo no dia seguinte. Eu estava de férias mas disse que sim. No dia 28 não me telefonou", referiu.
Mas Mário Centeno acabou por lhe perguntar, mais tarde se podia continuar na Caixa "por mais uns tempos". "Disse que a minha disponibilidade era total, arranje uma solução jurídica. Se encontrarem a solução jurídica capaz, falem com advogados", prosseguiu.
"O meu espanto é que apareceu uma notícia a dizer que iria continuar", disse, acrescentando ainda que, nessa altura, houve administradores que lhe perguntaram, perante o que liam nos jornais, se afinal iam continuar. “Não, não vamos continuar, os advogados estão a tentar encontrar uma solução jurídica”, salientou.
Perante essas notícias confirmou que enviou um SMS ao ministro porque ver notícias nos jornais que não pareciam adequadas. “Tenha paciência mas o que está a ser veiculado na imprensa não me parece adequado, tenha paciência, talvez queira corrigir”, concluiu.