Foram constituídas em Portugal 37 034 empresas e outras organizações só no ano passado. Os dados foram avançados pelo barómetro da Informa D&B, que analisa a dinâmica de nascimentos, encerramentos e insolvências do tecido empresarial, bem como o comportamento de pagamentos das empresas.
Este valor, que representa menos 2,4% do que em 2015, interrompe um ciclo de crescimento de 3 anos consecutivos, mas mantém as constituições acima das 37 mil, registo que na última década só tinha sido atingido no ano passado.
Os setores que registaram mais nascimentos face a 2015 são a construção (+1,6%), alojamento e restauração (+3,2%) e atividades imobiliárias (+29,6%).
Já os setores do retalho (-696 constituições) e da agricultura, pecuária, pesca e caça (-467) foram os setores que mais contribuíram para a descida de nascimentos verificada em 2016.
Os dois distritos com maior número de nascimentos (Lisboa e Porto) apresentaram tendências opostas em 2016: Lisboa destaca-se com mais 7,8% de empresas criadas (+866 empresas constituídas); o Porto desce 4,2% (-297 empresas constituídas).
Menos encerramentos
O número de encerramentos baixou 6,8%, passando de 16 634 em 2015 para 15 505 em 2016, uma descida que foi mais acentuada no segundo semestre do ano.
Feitas em contas, em 2016 foram criadas 2,4 novas empresas por cada uma que encerrou.
As insolvências (processos de insolvência iniciados em 2016) tiveram uma forte queda (-23%), mantendo uma tendência continuada que se regista desde 2013 e que se estende a quase todos os setores e distritos. Em 2016 verificaram-se 3 256 novos processos de insolvência, face a 4 232 em 2015.
Entre 2015 e 2016, a percentagem de empresas que pagaram dentro do prazo baixou de 20,1% para 17,4%. No entanto, baixou também o número de empresas que pagam com atrasos superiores a 90 dias (11,7% em 2015; 8,2% em 2016).