Pouco passava das 11h30 quando o cortejo fúnebre de Mário Soares chegou à Câmara Municipal de Lisboa. Partiu da residência do antigo Presidente da República, no Campo Grande, já depois das 11h. Passou pela Avenida da República, Saldanha, Marquês do Pombal, Rua Áurea até chegar à Praça do Município, onde dezenas de pessoas aguardavam a chegada da urna.
A acompanhar o cortejo estava a família do histórico socialista, os dois filhos, João e Isabel, o sobrinho Eduardo Barroso, e os netos, a quem coube a missão de entregar as insígnias a duas militares da GNR.
Os familiares começaram por cumprimentar várias figuras da política nacional que os aguardavam à porta do edifício da Câmara Municipal: o presidente da câmara Fernando Medina, a deputada do PS Isabel Moreira, o ex-autarca de Sintra Fernando Seara, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho, entre tantos outros.
Os cumprimentos oficiais foram interrompidos por uma salva de palmas que ecoou na praça quando a urna do antigo líder socialista, envolvida numa bandeira de Portugal, começou a ser transferida por seis militares da GNR para o armão, também ele envolto em flores.
Antes da partida do armão em direção ao Terreiro do Paço, Fernando Medina fez questão de colocar um cravo entre as muitas flores que já envolviam a charrete.
Uma cerimónia que durou pouco mais de dez minutos. Pela rua do Arsenal, Praça do Comércio, Avenida Ribeira das Naus e Cais do Sodré, centenas de populares aguardavam a passagem do armão para aplaudirem e atirarem rosas. "Obrigado!", ouviu-se à passagem do armão pela Ribeira das Naus, que seguiu em direção ao Mosteiro dos Jerónimos.