As ações do BCP estão a reagir em forte queda ao anúncio efectuado ontem, de que o banco vai emitir novos títulos para encaixar 1,33 mil milhões de euros, de forma a devolver a ajuda estatal e reforçar os rácios de capital.
Os títulos abriram a descer 13,56% para 0,90 euros mas chegaram a derrapar 16,44%, o que compara com a cotação de fecho de ontem, nos 1,0412 euros. Neste momento desvalorizam 0,94% para os 0,94 euros. A queda máxima atirou o valor das ações para 0,87 cêntimos, o que corresponde a um novo mínimo histórico.
Além da queda acentuada, a negociação está a ser marcada por uma forte liquidez. Nos primeiros minutos da sessão foram já transaccionadas 2,76 milhões de ações, o que supera a liquidez de toda a sessão de segunda-feira e compara com a média diária dos últimos seis meses de 2,96 milhões de ações.
A oferta pública de subscrição destina-se aos atuais acionistas e prevê a emissão de 13830 milhões de ações, a um preço de 0,094 euros, ou seja, 9,4 cêntimos, revelou o banco em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Tendo em conta estas condições e a cotação de fecho desta segunda-feira (1,0412 euros), após a operação o BCP valerá 2283 milhões de euros. Isto significa que, o preço teórico do banco após o destaque dos direitos de subscrição do aumento de capital é de 0,1546 euros. É sobre este valor que o preço das novas ações representa um desconto de 38,6%, salientou o banco.