O constitucionalista Vital Moreira manifesta-se contra a nacionalização do Novo Banco.
A hipótese já foi defendida pelo porta-voz do PS, João Galamba, mas o ex-eurodeputado socialista considera que "a nacionalização seria a pior opção".
O constitucionalista dá quatro razões para contestar a nacionalização. "Por não estar equacionada nas hipóteses negociadas com o BCE aquando da resolução do BES e exigir, portanto, uma nova negociação de resultado incerto e de duração indefinida, mantendo a atual incerteza e instabilidade sobre o futuro do banco de transição", escreve, no blogue Causa Nossa, Vital Moreira.
O ex-deputado defende ainda que "a nacionalização envolveria um significativo encargo financeiro do Estado" e, mesmo temporária, implicaria riscos para "o Estado na gestão do Novo Banco e o adiamento da necessária e definitiva superação dos efeitos da crise financeira no sistema financeiro nacional".
O último argumento do constitucionalista é que "a entrada do Novo Banco na esfera pública iria duplicar os problemas que o Estado já tem com a Caixa Geral de Depósitos, incluindo a questão da sua governação".