Segundo o Diário de Notícias, Portugal antecipou em 2016 vários pagamentos de dívida ao FMI. De 2.000 milhões de euros que estavam previstos, Portugal acabou por pagar 4.500 milhões de euros, poupando assim em juros: os juros do empréstimo ao FMI são de 4,6%, superiores aos 3,93% a que a dívida portuguesa a 10 anos cotava às 14.00 horas. A poupança em juros deve ser à volta de 25 milhões de euros. Nada mal, hein?
A mesma peça do DN avançava ainda que o Estado vai reduzir as necessidades brutas de financiamento nos mercados financeiros, em 2017, e 16.000 para 15.000 milhões de euros. Isto não denota um descontrole das contas públicas, antes pelo contrário.
E, se em vez de nos endividarmos nos mercados, lançarmos mão de instrumentos como as OTRV ou os Certificados de Aforro, tanto melhor. O Japão tem uma dívida pública superior a 200% do PIB, e mesmo assim o iene é uma “moeda-refúgio”, para onde os investidores fogem quando há instabilidade financeira ou geopolítica, porque essa enorme dívida é quase toda detida por nacionais.
É como eu digo sempre: mantenham-se calmos, que aos poucos vamos lá.