A mulher estava acusada do homicídio qualificado do seu filho, mas o tribunal de Santarém considerou impossível dizer ao certo a causa da morte, tendo sido absolvida desse crime.
No entanto, a mãe, de quatro filhos, foi condenada a 20 meses de prisão efetiva por profanação do cadáver do seu filho recém-nascido.
Liliana Leitão, que tem um histórico de sete abortos, escondeu que estava grávida, teve o filho em casa e nada fez em seu auxílio, tendo depois atirado o bebé ao rio, facto que confessou.
A mulher contou que expulsou o bebé na sanita e que este caiu de cabeça, não tendo qualquer reação, nem mesmo quando lhe deu palmadas nas costas e nas nádegas.
A presidente do coletivo de juízes considera que a mulher demonstrou “total frieza e insensibilidade” perante a acusação, e que o facto de o corpo nunca ter aparecido impossibilitou a realização de uma autópsia, e consequentemente o apuramento da causa da morte do recém-nascido.