O frio para o qual os meteorologistas nos avisaram começa, sem dúvida, a fazer-se sentir. E com ele crescem as preocupações da Direção-Geral da Saúde (DGS). Até ao próximo dia 21, os termómetros no país vão continuar a baixar – uma descida que significará, em alguns distritos do país, temperaturas mínimas abaixo dos zero graus.
“De acordo com esta previsão, a Direção-Geral da Saúde, a título preventivo, reforçou as orientações dadas à rede nacional de Delegados de Saúde no sentido da intensificação de visitas de caráter pedagógico aos lares de idosos”, informou na sexta-feira passada a DGS.
Para além deste alerta e “tendo em conta que o frio pode precipitar a descompensação de doenças crónicas como a diabetes e a doença cardiovascular e de outras doenças, designadamente infeções respiratórias”, a DGS “insiste” em que a população tenha cuidados redobrados: “manter o corpo hidratado e quente, estar protegido do frio e aquecer a casa” são alguns dos conselhos deixados pela entidade, que pede também aos cidadãos cuidado com as “fontes de calor que representam riscos de incêndio ou de intoxicação, como braseiras, lareiras e aquecimentos de exterior, que nunca poderão ser utilizados no interior”.
Gripe a recuar
O frio que se fará sentir nos próximos dias poderá mudar as estatísticas, mas por agora há boas notícias: o pico da gripe está a recuar já que, na semana passada, houve uma “diminuição” da afluência “em todos os serviços de urgência”, afirmou na sexta-feira o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.
O governante sublinhou ainda que o recuo dos casos de vírus da gripe aconteceu sem que houvesse caos nas urgências. “Ao contrário do que se dizia, nem se instalou o caos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) nem nos hospitais, e (nem) os serviços sentem incapacidade de dar respostas”, disse o governante no hospital de Macedo de Cavaleiros, Bragança.
Para o secretário de Estado, a menor afluência aos serviços significa que, muito provavelmente, “o pico (da gripe) já foi atingido”.
No entanto, Manuel Delgado admite que as previsões meteorológicas possam trazer mais alguns casos. Ainda assim, mantém a convicção de que, “no essencial, as coisas estão bem controladas”.