Um guarda principal colocado no posto da GNR de Aljustrel apontou uma arma de serviço à cabeça de um superior.
O seu ato terá sido motivado por uma discussão relacionada com folgas a que o militar considerava ter direito. O guarda acabou detido e presente ao Ministério Público, mesmo sem ter havido qualquer disparo.
O GNR não chegou a ser presente a tribunal porque o processo baixou a inquérito, mas foi imediatamente transferido de posto, ficando indiciado por insubordinação.
O incidente ocorreu na sexta-feira à tarde mas já teve origem antes do Natal. De acordo com o Correio da Manhã, o guarda Gamito e a sua mulher – também ela militar colocada no mesmo posto – trabalharam no dia de Natal e folgaram na noite da passagem de ano. Ambos meteram baixa entre as duas datas de forma a ficarem uma semana em casa.
Já no mês de janeiro, o capitão que comanda o Destacamento Territorial compensou outros militares com mais dois dias de folgas pela dedicação e esforço feito durante o Natal e o Ano Novo, deixando de fora o casal.
Na passada sexta-feira, dia 13 de janeiro, a mulher questionou um sargento-chefe pelos dois dias de folga a que supostamente teria direito, pelo que recebeu a resposta de que já teria tido três dias de folga. De seguida, a militar falou com o seu companheiro e este foi ao posto. Entrou com a arma na mão para falar com o comandante de posto, mas o mesmo não estava, dirigiu-se então à sala do lado onde estava um furriel, a quem apontou diretamente a arma.
Depois de várias ameaças, o guarda foi desarmado por um colega que se apercebeu de toda a situação.
O GNR foi formalmente detido e o caso foi participado ao DIAP de Lisboa que optou por não o levar a tribunal.
Fonte oficial do Comando Geral da GNR confirmou toda a situação ao Correio da Manhã, adiantando que já foi aberto um processo disciplinar interno.