A redução da Taxa Social Única (TSU) também foi abordada pelos Verdes. Heloísa Apolónia começou por recordar que o salário mínimo nacional deveria estar nos 900 euros se tivesse tido os aumentos devidos ao longo dos anos e lançou uma pergunta ao primeiro-ministro. “Não acha que as empresas não foram já de sobremaneira compensadas com o não aumento devido do salário mínimo nacional ao longo destes anos? Ainda as quer compensar mais?”.
A deputado dos Verdes afirmou ainda que a redução da TSU “incentiva os salários baixos” e coloca “os trabalhadores a financiar os patronatos”. Heloísa Apolónia afirmou que o partido irá votar contra esta medida e deixou uma garantia: “vai ter-nos à perna” para o cumprimento de uma medida que consta no Orçamento do Estado e que prevê a revisão das isenções e descontos existentes na TSU.
“Vou-lhe poupar o esforço de andar atrás da minha perna e vamos concentrar-nos em cumprir o acordado”, respondeu António Costa relativamente à questão da TSU.
O primeiro-ministro defendeu que o tipo de empresas que beneficiam desta medida são aquelas que têm poucos trabalhadores. “A realidade económica do país é muito negativa do ponto de vista do rendimento das famílias, mas infelizmente não é muito confortável do lado das empresas, do lado destas empresas”, disse.
Costa recordou ainda que se a atualização do salário mínimo nacional fosse feita com base na produtividade seria inferior ao aumento proposto pelo governo e garante que a Segurança Social não vai perder dinheiro com esta medida.