O Instituto Ricardo Jorge registou na semana passada uma tendência decrescente nos casos de gripe. A informação foi divulgada esta tarde pelo organismo, que faz a monitorização da atividade gripal do país.
A diminuição ainda é ligeira, mas é a primeira vez que se regista este inverno, o que sugere que o pico da gripe pode já ter passado. A Direção Geral da Saúde já tinha apontado para este cenário, que agora é confirmado pelos dados oficiais do Instituto Ricardo Jorge.
A manter-se esta tendência, a atividade gripal este ano foi moderada.
O vírus dominante foi ainda assim de uma estirpe mais agressiva para a população mais idosa, o subtipo A(H3), o que levou muitas pessoas mais velhas e com doença crónica aos hospitais. Houve 106 doentes a precisar de cuidados intensivos, a grande maioria com mais de 64 anos de idade. Apenas 33,3% estavam vacinados.
A severidade da gripe reflete-se no aumento de mortes nas últimas semanas. Desde dezembro que se regista uma mortalidade acima do que é habitual nesta altura do ano.
O número de óbitos diários continua acima do esperado mas parece agora estar a regressar para níveis mais próximos daquilo que é expectável nos meses de inverno – período em que por causa do frio e constipações, morrem sempre mais pessoas do que nos meses de verão.
A curva descendente de transmissão da gripe costuma durar tanto como a ascendente, pelo que nas próximas semanas ainda é expectável que surjam novos casos.
Os cuidados são por isso para manter: boa higiene das mãos, tossir para o antebraço para evitar passar gotículas através das mãos e superfícies e não ir trabalhar ou para a escola quando está doente são algumas das recomendações.
Com o frio, os vírus sobrevivem mais tempo nas superfícies, por isso tanto no caso da gripe como nas infeções causadas por outros vírus respiratórios, esta altura continua a ser propícia às constipações.