1.Finalmente chegou a hora: a hora do 45.º Presidente dos Estados Unidos da América, Donald J. Trump, liderar o mundo livre. Liderar a Nação que permitiu a afirmação da liberdade, que serviu de exemplo para tantas outras à procura da democracia, que inspirou o progresso da humanidade.
Perante críticas tão duras, polémicas inventadas pelos media que resolveram protagonizar uma luta político-partidária violenta, Donald J. Trump resistiu sempre: foi um verdadeiro líder.
2.Em vez de enfraquecer o candidato Trump, os media ditos progressistas só conseguiram alcançar o efeito inverso: a criação de uma imagem presidencial do bilionário nova-iorquino. Diz-se que na vida, ou se vai ou se racha: Donald Trump não rachou; foi para a Casa Branca.
Portanto, hoje, dia da tomada de posse do novo líder do mundo livre, ficaria bem a Donald Trump agradecer à NBC, ao “The Washington Post” ou ao “The New York Times” todo o apoio que lhe prestaram.
3.Dito isto, quanto à cerimónia de tomada de posse, o primeiro elogio que se impõe é aos Estados Unidos da América. Como país e como Nação.Pela cultura democrática, pela confiança inquebrantável nas suas instituições, pela civilidade política que revelaram.
A transição de poder pacífica, sem problemas nem questiúnculas partidárias menores, é um dos legados mais perenes dos “pais fundadores” e dos “pais refundadores” (aqueles que escrevem a História de quatro em quatro anos) aos cidadãos americanos e a todo o mundo.
Os Estados Unidos da América afirmam-se (cada vez mais) como a mais genial criação política da humanidade: como estados tão diferentes em tão numerosos aspectos, cidadãos com visões políticas tão assertivas e diferente, para além das suas diferenças raciais e geográficas, mantêm-se juntos no essencial, formando uma unidade na pluralidade. Sempre com o compromisso de avançar a História e pela História, constituindo em cada momento a “more perfect union”. Uma União mais perfeita.
4.Que belo momento o cumprimento e a despedida entre o novo Presidente e o Presidente que cessou funções, Barack Obama! Obama honrou o seu discurso de unidade e a sua doutrina de que “não há estados vermelhos ou estados azuis: há apenas os Estados Unidos da América”: no final do discurso do Presidente Trump, Barack Obama não se coibiu de felicitar o seu sucessor, afirmando “ Good speech!”.
Porque Barack Obama – homem invulgarmente inteligente – sabe que o diagnóstico sobre a vitalidade das instituições democráticas americanas a confiança que o Povo nelas deposita corresponde, no essencial, à verdade. Como sucede, ainda em maior grau, na Europa. Como sucede, em escala ainda maior, em Portugal: lembram-se que o nosso Governo ainda é a geringonça, a maior fraude política cometida no Portugal democrático?
5.Quanto ao conteúdo do discurso de inauguração do Presidente Trump, impõe-se as seguintes notas:
1)Afirmação dos fundamentos democrático-populares do constitucionalismo norte-americano, revalorizando a expressão mais conhecida (mas tantas vezes esquecida!) do preâmbulo da Constituição dos EUA, “ We, the People”. Donald Trump (que tem fama de egocêntrico) raramente utiliza a expressão “eu”, preferindo “nós”. O exercício do poder político será feito em articulação directa com o “povo”, procurando responder às suas exigências e aspirações. Neste ponto, Donald Trump terá razão quando invoca o exemplo histórico do Presidente Andrew Jackson: em vez de se dirigir aos partidos políticos, ao poder político formal, Trump quer personalizar a vontade popular, ser a voz do “poder político informal”.
Evidentemente que esta abordagem que constitui uma reconfiguração do exercício do poder presidencial, comparando com os Preisdentes imediatamente anteriores, poderá gerar uma conflitualidade mais intensa entre os ramos do poder (designadamente, entre o poder executivo e o poder legislativo) – mas a democracia com poder limitado vive do conflito. Em última análise, será a liderança do Presidente Trump o factor decisivo para superar o bloqueio institucional: Trump quer ser o “Presidente da acção” e não dos discursos. Quer acabar com os políticos que muito se queixam e nada fazem;
2) O Presidente Donald Trump terá uma agenda política centrada nas prioridades e ensejos do Povo americano, nas necessidades internas dos Estados Unidos – e não na resolução de problemas da designada “ordem mundial”. Para Trump, a América está primeiro, porque o primeiro dever dos Estados é proteger e defender os seus cidadãos.
O mote da sua acção política será, pois, “ americanismo, não globalismo”. Esta estratégia (por muito impopular que possa parecer para a imprensa do politicamente correcto) encontra ampla aceitação junto do cidadão americano médio, que sente que paga impostos para travar guerras que tardam em terminar, para aumentar a segurança global, mas depois sucedem-se atentados perpetrados pelo terrorismo islâmico radical – enquanto que as escolas , as pontes, as estradas americanas deterioram-se a olhos vistos. Já para não dizer que a China, a Rússia e outros países modernizam as suas infra-estruturas, pretendendo, com obras públicas mastodônticas, assinalar o seu poderio económico – enquanto os aeroportos, as comunicações americanas e as suas escolas parecem obsoletos.
Logo, a aposta de Donald Trump, numa lógica de gestão de recursos escassos, na revitalização interna não é apenas economicamente motivada: é, igualmente, uma forma de recuperação da auto-estima americana, do orgulho de ser americano. De afirmar os Estados Unidos como a potência económica mais forte à escala global;
3) Ligado com o ponto anterior, a Administração Trump seguirá uma política externa totalmente contrária à tradição republicana recente (por exemplo, do último Presidente republicano, George W. Bush) e, curiosamente, mais próxima do Presidente Barack Obama. Os Estados Unidos deixarão, segundo o novo líder do mundo livre, de tentar impor o seu modelo em outros países: ou seja, a lógica de que os americanos deveriam ser os guardiães da democracia à escala global, replicando o modelo de democracia com economia de mercado, será abandonada pelo novo Presidente. Note-se que esta tese é popular entre alguns dos mais conceituados académicos conservadores: pense-se na última obra de Francis Fukuyama.
Contudo, não se confunda o retraimento da Administração americana com alheamento ou abandono da política internacional, como alguma imprensa do politicamente correcto já veio clamar. Nada disso: os Estados Unidos continuarão activos na resolução dos problemas internacionais e das ameaças que a todos afectam – a premissa da sua actuação e respectivas finalidades é que mudam. Por conseguinte, Trump afirmou que estará empenhado na resolução do problema israelo-palestiniano;
4) Por último, Trump fez um discurso de unidade nacional. Não releva a raça, a cor da pele ou qualquer outro critério subjectivo e arbitrário: o que une os EUA é o patriotismo sentido por todos e cada um dos seus cidadãos. É o mesmo tributo e paixão pela “Star Spangled Banner”.
Fazer a América Grande outra vez é incluir todos os americanos no processo de decisão política. É dar o mesmo peso político a todos os cidadãos que prestam fidelidade e compromisso à bandeira americana. Ser democrata ou ser republicano, nunca interessou tão pouco como hoje nos EUA. Neste sentido, o Presidente Donald Trump pode mesmo vir a tornar-se o Presidente conciliador, da unidade de todos os americanos em função de um objectivo comum.
5.Por hoje, fiquemos por aqui. É um dia de celebração para os EUA e para o mundo.
5.1. Para os EUA, porque têm um novo Presidente que dá – como há muito não sucedia na história político-constitucional do país – a voz ao povo. Que é o Presidente do Povo (porque se assumiu como a voz do povo), para o Povo (porque se comprometeu a ouvir e a seguir a agenda que reflicta as prioridades do Povo) e pelo Povo ( porque quer fazer a América mais rica, mais segura, mais orgulhosa em si própria para todos).
5.2.E para o mundo: o mundo livre tem um novo líder que actuará menos – mas promete actuar melhor, identificando o alvo prioritário sem rodeios: o terrorismo do islamismo radical.
Por outro lado, pela primeira vez, um líder político se lembra de que a globalização é importante, mas o poder político tem de servir todos – e não apenas a elite que vive do sistema que ela própria forja em função de agendas e interesses pessoais.
Aqueles que têm sido esquecidos, não serão mais esquecidos: the ones you have been forgotten, will be forgotten no longer. Eis a frase que ficará para sempre associada ao Presidente Donald J. Trump. Oxalá cumpra esta sua empreitada política!
That God Bless you, Presidente Donald J. Trump! Make America even greater – eis o projecto que começa hoje!
Como cantaram ontem os “Three Doors Down”, no concerto em sua homenagem, para atingir os seus objectivos a que se propõe o Presidente Trump terá de governar com “by American people side with my superhuman might Kryptonite!”.