O governo considera que a melhor solução para alargar o aeroporto de Lisboa é o Montijo e a ideia é que a situação esteja resolvida o mais depressa possível.
De acordo com o “Expresso”, a ANA, concessionária dos aeroportos comerciais portugueses, vai assinar já no próximo mês o memorando de entendimento com o executivo de António Costa para desenvolver todos os projetos necessários para que seja feita a transformação necessária no Montijo. Até porque a intenção do governo é que, no final de 2018, a Base Aérea do Montijo já esteja preparada para receber passageiros.
Aumento do tráfego preocupa
O ano passado ficou marcado pelo crescimento de tráfego nos aeroportos portugueses. De janeiro a novembro, tanto Lisboa como Porto e Faro viram o número de passageiros aumentar de tal forma que se tornaram os que mais cresceram em toda a Europa.
De acordo com os dados da Airports Council International (ACI), o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, registou um aumento na ordem dos 21,1% em comparação com o mesmo período de 2015. Este aumento faz com que o aeroporto de Lisboa seja o segundo que mais cresceu em todo o Velho Continente, dentro do grupo 2, que integra todos os aeroportos da Europa com tráfego anual de passageiros entre 10 e 25 milhões.
Estes números históricos e a perspetiva de que a trajetória ascendente veio para ficar fazem com que seja cada vez mais imperativo aumentar rapidamente a capacidade da Portela.
A decisão de escolher o Montijo vai de encontro ao que mostrava o estudo entregue pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) ao governo. Nos resultados, a Base Aérea do Montijo aparece como sendo a “solução mais atrativa”.
Recorde-se que a falta de solução para o aeroporto da capital já se arrasta há vários anos. Ota e Alcochete chegaram a ser hipóteses em cima da mesa.