Cirurgias no SNS continuam a aumentar, resta saber se chega

Balanço destacado hoje pela tutela ainda só abrange dados até novembro

As operações com alta no próprio dia ou em 24 horas, as chamadas cirurgias em ambulatório, representaram pela primeira vez em 2016 mais de 60% das intervenções cirúrgicas realizadas nos hospitais públicos. O balanço, que ainda só abrange dados até novembro, foi hoje destacado pelo Ministério da Saúde. A tutela salienta que este resultado é um avanço técnico e organizacional “muito positivo”, que contribui para maior acesso a operações no país e mais comodidade para os doentes.

Ao todo, 322 mil pessoas foram operadas sem precisar de ficar mais de 24 horas no hospital.

No global, incluindo operações em ambulatório e as convencionais, o número de operações no SNS continuou a aumentar em 2016, pelo que, além do recorde no ambulatório, haverá um novo máximo histórico das operações feitas no país.

Só até novembro foram feitas 533.523 operações programadas nos hospitais do SNS, mais 20 mil do que em todo o ano de 2015. A estas há ainda que somar as operações urgentes, que até novembro foram 91.911, ligeiramente menos do que no ano anterior.

Se o crescimento tem sido suficiente para dar resposta atempada à procura, que tem vindo a aumentar todos os anos, é um balanço que ainda não pode ser feito.

Ainda não foi feita qualquer avaliação do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia em 2016. Sabe-se apenas que, entre maio e julho, continuavam a registar-se grandes assimetrias. De acordo com os dados divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde, no Norte, 90% dos doentes foram operados dentro dos tempos máximos de resposta garantidos neste período analisado. No Algarve, a percentagem é de 63%.

No final de 2015 – dados que foram revelados em outubro do ano passado – havia 197 mil doentes à espera de serem operados, mais 7,2% do que no ano anterior.  

No balanço divulgado hoje, a tutela destaca o aumento da atividade hospitalar nas principais linhas assistenciais. Até novembro, houve mais 88 mil consultas nos hospitais, com destaque para o crescimento das primeiras consultas, que refletem um maior acesso aos médicos especialistas.

O SNS aumentou a atividade hospitalar nas principais linhas assistenciais no ano de 2016, com especial destaque para a atividade programada no âmbito da cirurgia e das consultas hospitalares.