Nasceram mais sete crianças por dia em 2016

Dados sobre o teste do pezinho, que cobre quase a totalidade de nascimentos, apontam para uma subida de 3% na natalidade

No ano passado nasceram mais sete crianças por dia em Portugal. Dados sobre o teste do pezinho, que cobre quase a totalidade dos nascimentos no país, apontam para uma subida de 3% na natalidade. Registaram-se pelo menos 87.577 nascimentos, mais 2521 do que no ano anterior.

Segundo destacou hoje o Ministério da Saúde, a natalidade aumentou pelo terceiro ano consecutivo.

Lisboa foi o distrito com mais testes do pezinho realizados (25.304), seguido do Porto (16.176), Setúbal (6.590), Braga (6.538), Aveiro (4.416) e Faro (4.200). Portalegre foi o distrito com menos nascimentos (616).

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP) está em vigor desde 1979 e tem por objetivo o rastreio, através do teste do pezinho, de algumas doenças graves. “O rastreio não é obrigatório o que significa que podem existir mais nascimentos do que testes realizados, ou até mesmo o contrário, mas não deixa de ser um indicador bastante preciso relativamente à natalidade em Portugal, tendo em conta taxa de cobertura de quase 100% deste programa”, sublinha a tutela.

Este teste permite identificar as crianças que sofrem de doenças, quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de tratamento precoce. 

O teste do pezinho é realizado logo nos primeiros dias de vida do recém-nascido, habitualmente no centro de saúde. É feita uma picada no pé no bebé para recolher amostras de sangue, que depois seguem para análise na Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana, no Instituto Ricardo Jorge, no Porto. Os pais recebem um código e consultam o resultado na internet.