O Ministério Público arquivou o processo do taxista de 78 anos que disse, durante uma manifestação contra a Uber, que “as leis são como as meninas virgens, são para ser violadas”.
Para além da polémica que as declarações do taxista geraram, as mesmas deram origem a uma queixa da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género ao Departamente de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa. “Estas declarações são reveladoras de um menosprezo relativamente à dignidade, liberdade e autodeterminação sexual das mulheres e meninas, bem como à sua integridade física e moral, sendo suscetíveis de legitimar e provocar atos de discriminação e de violência”, considerou na altura esta entidade.
Jorge Máximo assegura que nunca foi ouvido no âmbito deste inquérito, mostrando-se estupefacto com a informação de que o processo foi arquivado, “nunca recebi nenhuma notificação até hoje”explica.
A seguir aos esclarecimentos dados, o taxista admitiu ao Público que o que disse foi uma “estupidez”, afirmando que não era aquilo que queria dizer. “O que eu queria dizer é que a Uber é ilegar e que as lei são como as meninas virgens, não devem ser violadas”, disse Jorge Máximo.
O taxista adiantou ainda que a polémica que se gerou em torno das sua declarações só esmoreceu com o aparecimento dos crimes de Arouca, “a minha sorte foi ter aparecido aquele fulano que matou aquela gentinha toda”, avança ao Público.