O euro pode colapsar nos próximos 18 meses. O alerta é feito por Ted Malloch, a possível escolha de Donald Trump para embaixador na União Europeia. E vai mais longe. Diz que se tivesse de apostar, investiria na queda do euro, revelou o responsável em entrevista à BBC.
Malloch diz ainda que o Reino Unido e os EUA poderão chegar a um acordo “benéfico para ambos” de comércio livre em menos de 90 dias. E defende que para os Estados Unidos seria melhor se o Reino Unido saísse da União Europeia de forma “limpa”.
Segundo o futuro representante dos EUA, uma vez fora do mercado único, o Reino Unido poderia ignorar “os burocratas em Bruxelas”, defendendo também que qualquer tentativa da União Europeia para bloquear o início das negociações com os EUA seria “absurda” e compara a situação a “um marido a tentar impedir que a sua esposa tenha um caso”.
Bolsa dispara
Um dos principais índices da bolsa de Nova Iorque, o Dow Jones Industrials, superou pela primeira vez na sua história a fasquia dos 20 mil pontos. O índice, que sobe mais de 9% desde a eleição de Donald Trump, já tinha estado muito perto de superar esta marca histórica, mas as medidas anunciadas pelo novo presidente norte-americano acabaram por ter impacto no mercado bolsista, com os investidores a acreditar nas repercussões positivas que a governação deste presidente poderá ter na economia.
Foram necessários mais de 120 anos para o Dow Jones – que começou a ser calculado em 1896 – chegar a esta marca dos 20 mil pontos. Neste período passaram pela Casa Branca 22 presidentes que tiveram de lidar com 22 recessões, uma Grande Depressão (1929) e, pelo menos, dois “crashes” bolsistas, lembra a CNN.
Mas a verdade é que a valorização neste índice bolsista se verifica desde março de 2009, ganhando um novo fôlego a 8 de novembro, no dia das eleições norte-americanas que ditaram a vitória de Donald Trump. É também o dia que assinala o reforço do otimismo dos investidores de Wall Street face às políticas económicas e financeiras anunciadas pelo então ainda presidente eleito dos EUA.
Os mercados já chamam a este fenómeno “efeito Trump” e ele decorre da expetativa de que Trump prossiga políticas assentes na redução da carga fiscal sobre as famílias e, principalmente, sobre as empresas, e na diminuição das regulamentações e regras aplicadas a setores como o financeiro ou ambiental – e ainda num forte investimento público dirigido à construção e reabilitação de infraestruturas, tais como pontes e estradas.
Este otimismo já tinha feito com que, no passado dia 6 de janeiro, o Dow Jones tivesse fixado um novo máximo histórico muito próximo da barreira dos 20 mil pontos.