Esclerose múltipla
• Um estudo no Reino Unido, citado pela OMS, revelou que 14% a 18% dos doentes com esclerose múltipla utiliza canábis para alívio dos sintomas de espasticidade (contração muscular involuntária), dor e insónia. O uso continuado já foi associado a perdas cognitivas.
Dor neuropática
• Surge associada a diferentes doenças, como sida, cancro ou artrite reumatoide. Segundo a última análise a pedido da OMS, em 2015, embora o efeito da canábis seja promissor, os ensaios acompanharam os doentes durante períodos curtos.
Alzheimer
• O efeito sedativo dos canabinoides tem sido apontado como potencial mais-valia na gestão da doença de Alzheimer, nomeadamente dos distúrbios do sono. Já há medicamentos aprovados pela FDA para esse fim.
Náuseas da quimioterapia
• O uso de canabinoides por doentes a fazer quimioterapia foi um dos primeiros a ser estudado, com o desenvolvimento de THC sintético. O alívio das náuseas é uma das indicações mais comuns nos Estados Unidos.
Doença de Crohn
• Alguns estudos têm apontado para o efeito terapêutico em casos de doentes em que os tratamentos convencionais não controlavam a doença. Segundo o estudo da OMS, não é claro se os canabinoides reduzem a inflamação ou se atenuam apenas sintomas como a dor e perda de apetite.
Glaucoma
• É outra doença em que o uso da canábis está a ser estudado. Baixa a pressão sanguínea e parece reduzir temporariamente a pressão ocular. Como o efeito é limitado, assinalou a análise da OMS em 2015, é preciso fumar canábis seis a oito vezes por dia para obter uma controlo constante da pressão ocular, o que tem um efeito significativo na capacidade cognitiva. Outro desafio é que o olho começa também a desenvolver resistência.