Tomás Correira, antigo presidente do Montepio, está a ser investigado por suspeita de ter recebido 1,5 milhões de euros em troca da aprovação do empréstimo a fundo de investimento imobiliário fechado, avançou o Expresso.
O valor terá sido pago pelo contrutor civil da Amadora, o mesmo homem que deu um ‘presente’ de 14 milhões de dólares ao antigo líder do BES Ricardo Salgado.
De acordo com o mesmo semanário, o milhão e meio de euros que Tomás Correia terá recebido estará relacionado com um financiamento obtido junto do Montepio e do BES, no valor de 74 milhões, para a compra e urbanização de um terreno de 50 hectares em Alfragide, situado por trás do hipermercado Continente da Amadora.
Em causa, estão transferências, realizadas entre o verão de 2006 e o início de 2007, efetuadas a partir de contas do banco suíço UBS, que pertenciam a duas offshores cujos beneficiários finais são José Guilherme e o seu filho, Paulo Guilherme.
Questionado sobre o caso, Tomás Correia negou ter qualquer relação com qualquer cliente do banco.