Recorde de passageiros aéreos em 2016

O número de passageiros que as companhias aéreas transportaram em 2016 atingiu os 3,7 mil milhões. O número é um novo recorde, impulsionado pela abertura de 700 novas rotas e pela descida dos preços dos bilhetes, em média, de 41 euros.

“As viagens aéreas foram uma boa história em 2016”, disse Alexandre de Juniac, presidente executivo da IATA, Associação Internacional do Transporte Aéreo. O aumento global de passageiros de 6,3% no ano passado, por comparação com 2015, é superior à média de 5,5% dos últimos dez anos.

"A procura de transporte aéreo continua a crescer. O desafio para os governos é o de trabalharem em conjunto com a indústria para responder a essa procura com infra-estruturas que a possam acomodar” disse de Juniac.

“É também preciso uma regulação que facilite o crescimento e taxas aeroportuárias que não choquem com ele. Se alcançarmos isso, existe um potencial seguro e sustentável para que a indústria da aviação possa criar mais emprego e gerar mais riqueza", afirma o responsável da IATA.

Em 2016 a capacidade aeronáutica mundial aumentou 6,2%, com a percentagem dos lugares ocupados a subir 0,1% e a atingir um máximo anual de 80,5%.

O responsável considera ainda que “a liberdade de nos ligarmos através das viagens aéreas aumenta a prosperidade e enriquece as nossas sociedades”. De acordo com o presidente executivo da IATA, “essa liberdade só poderá ter a sua expressão máxima quando os governos facilitarem o movimento de pessoas e bens”.

“A aviação é o negócio da liberdade e temos de proteger as suas vantagens económicas e sociais dos obstáculos criados pelas agendas protecionistas”, defende Alexandre de Juniac.

O tráfego aéreo internacional aumentou 6,7% no ano passado enquanto o doméstico subiu 5,7%.

O maior crescimento no transporte aéreo internacional foi das companhias do Médio Oriente, com mais 11,8%, seguidas das da Ásia-Pacífico (8,7%) e das de América do Sul e África, ambas com 7,4%.

O tráfego das transportadoras europeias cresceu 4,8% e o das companhias da América do Norte 2,6% em 2016.

Por quota de mercado, a Ásia-Pacífico tem a maior – 32,9% – à frente da Europa, com 26,4%. Nas posições seguintes encontram a América do Norte 23,6%, o Médio Oriente (9,6%), a América Latina (5,2%) e a África (2,2%).