Filipe Diniz faz duras críticas à UGT e ao seu líder Carlos Silva. Num artigo de opinião no jornal oficial do partido, o dirigente comunista responde às criticas feitas pelo secretário-geral da UGT à CGTP na sequência do chumbo da TSU no parlamento.
O dirigente comunista começa por “registar” que “quem mais barafustou perante essa vitória dos trabalhadores” foi a UGT e o seu secretário-geral, Carlos Silva, “o homem que será sempre testemunha abonatória de Ricardo Salgado, se este alguma vez vier a ser posto em tribunal”.
Filipe Diniz, que pertence à direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, afirma que, desde que foi criada, a UGT “assina religiosamente tudo que os governos e o patronato lhe colocam à frente”.
O comunista recorda algumas das medidas do acordo assinado pela UGT em 2012. “Horário e tempo de trabalho à conveniência do patronato, banco de horas, redução do pagamento de horas extraordinárias, corte de dias feriados, menos dias de férias, facilitação dos despedimentos e diminuição das compensações, precariedade, redução do subsídio de desemprego e do período da sua atribuição, pulverização da negociação colectiva, tudo isso a UGT assinou”.
Filipe Diniz conclui que “se os trabalhadores portugueses estão hoje perante uma situação tão difícil no plano do emprego, dos salários e dos direitos é também à UGT que o devem”.
O chumbo da TSU no parlamento veio provocar uma guerra entre a UGT e a CGTP. Carlos Silva criticou a CGTP por querer “botar faladura” e “sugerir alterações” sobre a alternativa à TSU sem ter assinado o acordo de concertação social.