Elementos das forças especiais aquartelados na cidade costeira de Adiaké tomaram a localidade. Os motins, segundo declarou uma fonte militar à agência Reuters, são devidos a questões salariais e pagamentos devidos aos militares, que já se tinham revoltado em janeiro.
Estas prémios financeiros, que não foram pagos, tinham sido prometidos pelo governo quando estes soldados das tropas especiais aceitaram combater as forças leais ao antigo presidente Laurent Gbagbo.
“Os tiros começaram a ouvir-se no quartel das forças especiais, os habitantes da localidade entraram em pânico quando os soldados saíram do quartel”, comentou à Reuters um professor do secundário, que confirmou que as escolas fecharam na localidade.
Um porta-voz das forças armadas confirmou os incidentes na localidade costeira de Adiaké, situada a uma centena de quilómetros da capital económica do país, Abidjan.
Este incidente é o mais grave de um conjunto de pequenas rebeliões militares que se produziram um pouco por todo o país no mês de janeiro.
Na cidade costeira os militares instalaram barragens militares nas principais ruas obrigando os automobilistas a fugirem. “Não estamos aqui para nos divertir. Queremos o nosso dinheiro e vamos tê-lo”, declarou à equipa de reportagem das Reuters um militar envolvido nos incidentes.
Um porta-voz militar do Ministério da Defesa afirmou que o general Lassina Doumbia, chefe das forças especiais da Costa do Marfim, foi para a localidade a fim de negociar com os militares rebeldes.