A nata da indústria da tecnologia financeira está em Londres. A conferência Finovate London 2017, o principal evento de fintech mundial, reúne as principais empresas do setor, que demonstrarão ao vivo as mais recentes tecnologias e o que está a mudar a indústria. A portuguesa ITSector estará presente para demonstrar uma app mobile capaz de, em tempo real, simular e contratar crédito.
A conferência terá a presença de companhias que desenvolvem tecnologia para diversas áreas financeiras – empréstimos pessoais, pagamentos, hipotecas ou rendas – e para melhorar a eficiência e a experiência dos consumidores.
O setor do crédito tem sido palco de várias mudanças, uma vez que as fintech tratam de um número cada vez maior de processos de crédito, desde a aprovação à subscrição.
De acordo com a ITSector, a utilização desta tecnologia tem vantagens para bancos e clientes. “Na perspetiva dos bancos, as principais vantagens são a redução de custos e o aumento do volume de crédito, bem como a promoção de uma maior proximidade e contacto direto com o cliente, em tempo real e com soluções atuais e inovadoras”, afirma o CEO da empresa.
“Para os clientes dos bancos, representa a possibilidade de, em tempo real, poderem aceder a soluções bancárias e à contratação de crédito através do telemóvel, recorrendo a ferramentas de comunicação com o banco muito semelhantes às que já se habituaram a utilizar no dia- -a-dia”, acrescenta João Pinto.
Um inquérito internacional recente revela que 86% dos clientes bancários ainda têm a expetativa de continuar, no futuro próximo, a ir ao banco. Mas os novos serviços digitais pressionam as instituições financeiras.
Por exemplo, a app desenvolvida pela ITSector “torna desde logo possível obter uma simulação de crédito de forma automática e em tempo real. Depois, recorremos a plataformas de instant messaging para permitir, também em tempo real, a interação necessária para efetivar a contratação do crédito. Esta tem como base a interação com um bot de comunicação e está ligada, se necessário, a um agente humano. A validação de todo o processo é assegurada via assinatura digital da documentação”, resume João Pinto.
Em Londres, a ITSector terá hoje sete minutos para demonstrar a sua app. “É um formato muito interessante para a audiência, que assim não obtém apresentações comerciais longas, mas sim focadas no produto a mostrar.” Na audiência estarão investidores e representantes de várias instituições financeiras e fintechs a nível mundial.
Futuro
Sobre o futuro da indústria, o CEO da ITSector considera que haverá “cada vez mais uma convergência entre os bancos tradicionais e as fintech e empresas tecnológicas. Isto levará ao crescimento de novos modelos de negócio completamente baseados em fintech, substituindo o papel tradicional e histórico dos bancos. Desta forma, as fintech vão continuar a trazer inovações a vários níveis e os bancos vão querer fazer parte do ecossistema”.
Ainda ontem, o BNP Paribas revelou que, até 2020, vai investir 3 mil milhões de euros na transformação digital do grupo. Ao “Financial Times”, o presidente do banco, Jean-Laurent Bonnafé, afirmou que o objetivo é “transformar o negócio” com iniciativas digitais. Uma parte do investimento será para contratar funcionários com valências diferentes, nomeadamente de análise de dados.
O banco francês teve em 2016 lucros de 7,7 mil milhões de euros, mais 15,1% que em 2015.
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