É o edifício dos n.ºs 10 ao 14 na Praça das Flores, em Lisboa, e estará prestes a ser demolido. O Fórum CidadaniaLx acaba de lançar uma petição para tentar reverter o processo, que considera ter sido indevidamente autorizado pela autarquia.
O movimento lamenta que haja intenção de construir um edifício moderno e “dissonante” no lugar do prédio histórico. “Em causa está, por um lado, a perda de identidade de Lisboa, ao permitir-se a demolição de um edifício que, embora anónimo, contribui para a harmonia de uma das praças mais emblemáticas da cidade e, por outro lado, a construção de um edifício dissonante, sem nenhuma relação com a cultura arquitetónica e urbanística do centro histórico onde se insere, e que prejudica fortemente a imagem da Praça das Flores”, referem os peticionários.
O Fórum CidadaniaLx diz ainda que o projeto agora licenciado, da autoria do arquiteto Souto Moura, “é em tudo idêntico a um outro seu, construído na Rua do Teatro, na Cidade do Porto o que desde logo atesta a falta de preocupação em realizar uma proposta que tenha qualquer referência com a Cidade de Lisboa, no geral, e com a Praça das Flores, em particular.”
O movimento recorda que, avançando o processo, este prédio vai juntar-se a outros que desapareceram ou estão para desaparecer em Lisboa. O Fórum CidadaniaLx evoca 16 demolições e sublinha que entre a lista de projetistas dos novos edifícios a construir nos sues locais, “é notória ainda a preponderância de arquitetos de renome (tais como Aires Mateus e Frederico Valsassina) o que suscita a legítima questão sobre a objetividade de aplicação do PDM na Cidade de Lisboa por parte da CML.”
O novo edifício desenhado por Souto Moura destina-se a habitação.