A ministra da Administração Interna quer todos os aeroportos internacionais com segurança máxima, reforçada a um nível nunca visto em Portugal.
“Todas as áreas, da segurança física ao controlo de pessoas são cobertos, de forma a impedir ou minimizar o impacto de atos criminosos. Vedações duplas com rolos de arame farpado do topo, equipadas com sensores e videovigilância, uma zona construída de raiz na área internacional para reter os passageiros considerados de risco, embarque e desembarque dos voos com origem em países de risco, só através de mangas e um controlo apertado de todos os funcionários”, são algumas das regras noticiadas pelo “Diário de Notícias”.
Segundo fonte governamental citada pelo DN, “entendeu-se que, tendo em conta o atual contexto internacional, não se pode ter outra nível de segurança nestas infraestruturas, que não seja o máximo, de forma a prevenir qualquer ação ilícita”. Este é o primeiro plano conhecido para a proteção de uma infraestrutura crítica, algo que é exigido pela União Europeia (UE). Denominado “Medidas de Segurança para os Aeroportos Nacionais”, o diploma resultou das conclusões de um grupo de trabalho criado, em julho, por Constança Urbano de Sousa, depois do incidente da fuga de cidadãos argelinos e marroquinos do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, do qual faziam parte a PSP, a Polícia Judiciária, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e o Serviço de Informações de Segurança (SIS).
O relatório foi concluído em setembro do ano passado, a mesma altura em que a ministra tinha prometido traduzir em legislação as suas propostas por uma equipa técnica que identificou as vulnerabilidades nos aeroportos e fez diversas sugestões para as corrigir. A ministra aproveitou para alargar a proposta e colocar os aeroportos sob rigorosas regras de segurança para evitar que haja riscos que possam repetir episódios como o dos magrebinos e originar situações de crise.